O Rio de Janeiro deu um passo decisivo no combate ao crime organizado. A Operação Contenção, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, confirmou a identificação de 99 criminosos mortos, todos com ligação direta ao tráfico de drogas. A Polícia Civil, em coletiva nesta sexta-feira (31), revelou que, do total de 117 mortos, 42 possuíam mandados de prisão pendentes e pelo menos 78 apresentavam extenso histórico criminal. Este número ainda pode aumentar, com a chegada de dados de outros estados. O levantamento aponta que parte dos criminosos não era do Rio de Janeiro, vindo de diversas regiões do país, como Pará, Amazonas, Bahia e Ceará. Isso demonstra a clara expansão do crime organizado em nível nacional e a urgência de ações policiais integradas. Quatro policiais – dois civis e dois militares – perderam a vida na operação, e outros 14 seguem internados. Contudo, o saldo é considerado estratégico e positivo, especialmente por atingir o núcleo duro do Comando Vermelho, facção que impõe domínio armado e “leis paralelas” nas comunidades. O governador Cláudio Castro (PL) ressaltou a importância da ação e o papel fundamental da inteligência no sucesso da operação. Os dados da Operação Contenção servirão como base para um novo plano de retomada das áreas dominadas pelo tráfico. Considerada a mais letal e efetiva da história recente do Rio, esta ação marca um divisor de águas na segurança pública do estado, reafirmando que o Rio não se curvará ao crime organizado.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), esteve neste domingo (2) com os policiais militares feridos durante a Operação Contenção, deflagrada na última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na capital fluminense. A visita, registrada em vídeo e divulgada nas redes sociais do governador, teve como objetivo prestar solidariedade e reconhecimento aos agentes que participaram da ação. Nas imagens, Castro conversa com os policiais internados e elogia o comprometimento da tropa. Ele destacou que, apesar dos ferimentos, os militares seguem firmes em sua missão de proteger a população. O governador aproveitou a ocasião para reafirmar o apoio do governo estadual às forças de segurança, ressaltando o valor do trabalho desempenhado pelos policiais. A Operação Contenção mobilizou equipes da Polícia Militar em áreas dominadas por facções criminosas, com o objetivo de conter confrontos e reprimir atividades ilegais. Durante a ação, houve troca de tiros e registro de feridos, entre eles os agentes visitados por Castro.

O Brasil se depara novamente com a polêmica postura de Lula sobre o uso das Forças Armadas no combate ao tráfico de drogas nas favelas. O petista já deixou claro que, sob seu comando, o Exército não será empregado em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para esse tipo de ação, defendendo que o papel dos militares é outro na estrutura de segurança nacional. Essa posição, que Lula expressou em 27 de outubro de 2023 durante conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, volta a circular intensamente nesta semana. As declarações ganham novo destaque após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, realizada na última terça-feira (28), terminou com 121 mortos, entre eles quatro policiais. Este é mais um posicionamento vergonhoso de Lula, em um momento onde a segurança pública exige ação firme e coordenada.