O STF está de olho nos senadores que podem tentar tirar ministros do cargo. O senador Randolfe Rodrigues criticou a decisão de Gilmar Mendes, que limitou o impeachment só à PGR. Joesley Batista, da JBS, teria viajado a Caracas para pressionar Maduro a deixar o poder. Segundo fontes, isso está ligado a negociações entre Lula e Trump, que podem incluir a retirada da sanção Magnitsky contra Alexandre de Moraes. A CPMI do INSS trouxe à tona indícios da PF de que Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, mantinha sociedade e amizade próxima com o chamado Careca do INSS. Para analisar esses casos, o Jornal do JCO convidou os advogados Enio Viterbo e Felipe Carmona e o repórter Glauco Fonseca. Veja o vídeo, compartilhe e ajude o Jornal da Cidade Online. Só conseguimos continuar graças ao apoio dos nossos assinantes e parceiros. Se quiser fortalecer nossa luta, torne‑se assinante. Você terá acesso ao primeiro podcast conservador do país e ao conteúdo exclusivo da Revista A Verdade, que traz os assuntos que a maioria tenta calar.
Michelle cresce
Ao se opor às barganhas do PL e enfrentar Ciro Gomes de frente, Michelle Bolsonaro é acusada de dividir a ‘direita’. Mas a que direita se referem? Àquela aliada ao centrão, que largou os princípios que fizeram Jair Bolsonaro a principal liderança desde 2018. Ciro Gomes é, sem dúvida, um oportunista. Ele não tem bandeira fixa: pode aparecer como esquerda, direita ou centro, conforme lhe convém. Ao se juntar ao PSDB, um partido já desacreditado pelos que vivem em cima do muro, Ciro demonstra ser um biruta de aeroporto: segue o vento que sopra e usa isso para avançar suas ambições. Por anos ele soltou papo furado, inclusive contra Bolsonaro, e só no Brasil um político tão medíocre ainda consegue permanecer em cena. Já Michelle chegou ao posto de liderança – e continua subindo – graças ao seu trabalho, coerência, postura firme e ações concretas. Ela não precisava fazer nada disso; poderia ter ficado na sombra como tantas outras nulidades que hoje são apenas primeira‑dama. Com seu esforço, Michelle se tornou o último vínculo verdadeiro com os ideais que levaram Bolsonaro à vitória em 2018, mantendo distância de acordos sujos com o centrão e figuras corruptas. Foi o medo desses princípios que levou à prisão de Bolsonaro e que agora tenta acabar com ele a qualquer preço. Esses mesmos ideais geraram forte empatia entre o povo brasileiro. Michelle é a pessoa certa para o país, embora esteja no partido errado. Esse erro, espero que ela corrija logo. Michelle não depende do PL. O que seria do PL e de Valdemar Costa Neto, que agora tenta limitar Michelle e controlar seu discurso, sem Bolsonaro? Nada mais do que um zero, outro biruta de aeroporto como Ciro, que é a realidade. Acusar quem ainda defende firmemente os valores de 2018 de dividir a ‘direita’ é, simplesmente, um absurdo. Sem esses princípios, o Brasil entregará de bandeja o poder a Lula, ao sistema ou ao centrão, como quiserem, como aconteceu em 2016.
“Virada política” piora a situação de Maduro
A América Latina, que antes era dominada por governos de esquerda, mudou de postura recentemente, e isso deixou a situação de Nicolás Maduro ainda mais complicada. Eleções consecutivas que levaram à vitória da direita estão pressionando o líder chavista. E ainda tem mais: as previsões apontam que José Antonio Kast, conhecido como o “Bolsonaro chileno”, deve ganhar as urnas no Chile. Ao mesmo tempo, a pressão dos Estados Unidos só cresce. Washington já despachou navios de guerra, 15 mil soldados e quase 100 aviões para o Caribe, seguindo a nova política de Donald Trump que foca no combate ao narcotráfico. Essas ações já causaram mais de 80 mortes, depois que foram detonadas mais de 21 embarcações suspeitas de tráfico.
Gilmar desmontou a República e já admitiu isso
Imagine que o Congresso vote uma PEC devolvendo ao Senado o poder de iniciar impeachment contra ministros do Supremo. Com um único voto, o Supremo declararia a PEC inconstitucional. Mesmo se a PEC passar, Gilmar Mendes já disse que um impeachment poderia ser considerado inconstitucional por ele mesmo. Ou seja, a República já acabou – se é que ela chegou a funcionar alguma vez.
A sociedade encerrada entre Roberta Rangel, mulher de Toffoli, e Walfrido Warde, advogado do Banco Master
Roberta Maria Rangel, casada com o ministro do STF Dias Toffoli, foi sócia do escritório Warde Advogados em 2021, segundo o Cadastro Nacional de Sociedade de Advogados da OAB. O escritório, liderado por Walfrido Warde, defende hoje Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, em um processo que está no Supremo. Quando Rangel ainda era sócia, o Warde Advogados tinha cerca de 24 sócios. Hoje o nome de Roberta não aparece mais na lista de advogados do site da banca. Antes de entrar no Warde, ela trabalhou defendendo a empresa J&F, controladora do grupo JBS. A atual sociedade do Warde Advogados conta com Valdir Simão, ex‑ministro da CGU, e Leandro Daiello, ex‑diretor‑geral da Polícia Federal, como sócios. Na defesa de Vorcaro, além de Walfrido Warde, atuam Ciro Rocha Soares, Pierpaolo Cruz Bottini, Sérgio Leonardo, Roberto Podval, Daniel Romeiro e Stephanie P. G. Barani. A equipe entrou com uma reclamação no STF, alegando que a Justiça Federal de Brasília não tem competência para investigar o banqueiro. Um dos defensores, Pierpaolo Bottini, já tinha defendido a desembargadora Solange Salgado em um caso de fraude. A própria desembargadora Solange Salgado liberou Vorcaro na semana que antecedeu o pedido ao Supremo. Na quinta‑feira, dia 27, os advogados de Vorcaro protocolaram a reclamação no STF. Eles sustentam que a Justiça Federal de Brasília não pode conduzir as investigações desse caso. O pedido pede que o processo seja levado ao Supremo, usando como argumento um contrato de imóvel que cita o deputado João Carlos Bacelar (PL‑BA). Ao receber o pedido, o ministro Toffoli decretou sigilo máximo para a ação da defesa de Vorcaro. Com o sigilo, ninguém pode ver nem os dados básicos no sistema do STF, como iniciais do autor ou nomes dos advogados. O processo já tramitava em segredo de Justiça, mas o sigilo ficou ainda mais restrito depois da divulgação da defesa. Segundo as regras internas do STF, cabe ao relator decidir e mudar o nível de sigilo de um processo quando achar necessário. Com o sigilo máximo, só podem ver o processo os advogados da causa, o Ministério Público quando for notificado e os servidores do gabinete do ministro.
Na Europa político que lidera pesquisa para presidente em seu país volta a chamar Lula de “ladrão”
Se o irmão e o filho de Lula estiverem realmente ligados ao escândalo do INSS, isso mostra que a família está mergulhada em corrupção. Não é surpresa que isso esteja chamando a atenção e a raiva de políticos ao redor do mundo. O deputado português André Ventura, líder do Chega, disse de novo que teria problema em receber o presidente brasileiro, porque “não gosta de estar com ladrões”. Ventura já tinha falado isso antes e chegou a dizer que mandaria prender Lula se ele fosse a Portugal. Em entrevista, a apresentadora perguntou se, como presidente, ele receberia Lula no Palácio de Belém, a sede da presidência de Portugal. Ventura manteve a mesma postura. Ele disse, porém, que se o Estado, as empresas ou as comunidades portuguesas estivessem em risco, ele receberia Lula “seguindo o protocolo, mas sem mudar a opinião”. A pesquisa do jornal Expresso, divulgada na sexta‑feira (28), mostra Ventura na frente das intenções de voto para a eleição de janeiro de 2026. Ele está empatado com o ex‑almirante Henrique Gouveia e Melo, ambos com 18%. O mesmo estudo, feito pelo IC/ISCTE, indica que o ex‑líder social‑democrata Luís Marques Mendes tem 16% e o ex‑socialista António José Seguro, 10%. O segundo turno, que decide a corrida, está marcado para 8 de fevereiro.
Lulinha e Careca do INSS comparsas viraliza na rede e autor da denúncia recebe ameaça
O PL usou o Instagram para dizer que Fábio Lula da Silva, apelidado de Lulinha, pode estar ligado a um esquema do INSS. A postagem saiu nesta quinta‑feira (4) logo depois que Edson Claro, antigo funcionário do tal “Careca do INSS”, citou o filho de Lula em depoimento à CPMI. O PL escreveu que Lulinha tem que ser interrogado agora pela CPMI do INSS e ainda disse: se o filho do presidente já está no caso, quem sabe o que ainda está escondido. Fontes da CPMI contaram que Edson Claro disse que Lulinha recebeu cerca de 25 milhões – sem dizer a moeda – de um empresário que lidera os descontos ilegais de aposentados e pensionistas. Ele também falou de pagamentos mensais de quase R$ 300 mil, descritos como “mesada”, mas não disse quando aconteceram. Claro ainda contou que o filho de Lula viajou a Portugal junto com o empresário. O PL alegou que, mesmo com o governo tentando impedir depoimentos para proteger a família, parte do material chegou à CPMI e mostrou que o nome do filho de Lula aparece muito nas conversas do operador. A mensagem ainda disse que a proximidade entre eles não parece coincidência. Edson Claro, que deu o depoimento, afirma que está sendo ameaçado pelo antigo chefe.
Lulinha está foragido, diz Moro
Nesta quinta (4), o governo impediu a chamada de Fabio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha, filho do presidente, que parece estar mergulhado na bagunça do INSS. O presidente reagiu com sua equipe de apoio, dizendo que não existe um “mensalão do Lulinha” de 25 milhões de reais e pediu que os parlamentares votassem contra a acusação, garantindo que a oposição perdesse. Segundo a denúncia, Lulinha ganhava 300 mil reais por mês. Paulo Pimenta, chefe do governo, avisou que vai processar qualquer deputado que insista que Lulinha recebeu a suposta mesada do esquema corrupto.
O supremo deboche federal de Gilmar Mendes e a letra da lei
Gilmar Mendes continua atacando o Congresso de forma inconstitucional. Desde que o Senado ficou quieto diante do STF, principalmente a partir de 1º de dezembro de 2019, os ministros acham que podem fazer o que quiserem, ignorando a República. Gilmar determinou que só a Procuradoria‑Geral da República tem o poder de pedir o impeachment de ministros do STF, um claro caso de deboche constitucional. Nunca o embate entre os Poderes foi tão claro – e sempre por culpa do Judiciário. A Constituição deixa isso bem definido, no art. 52, inciso II, goste ou não de Gilmar Mendes. É tarefa do Senado – que está sem presidente desde 01/02/2019 – tomar as medidas contra esse ministro. Mesmo que o Senado não aja, a Constituição (art. 49, XI) obriga o Congresso Nacional a defender sua competência frente ao Judiciário e ao Executivo. Assim, a Câmara dos Deputados também tem responsabilidade nessa confusão constitucional.
Polícia fecha o cerco contra o PCC em Brasília e realiza duas operações simultâneas
A PCDF lançou duas operações ao mesmo tempo contra o PCC, atuando em várias regiões do DF. Na quinta‑feira, dia 4, as equipes cumpriram 25 mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão. Participaram 110 policiais civis nas operações, chamadas Concórdia II e Occasus. Eles cumpriram os mandados em Samambaia, Núcleo Bandeirante, Santa Maria, Sobradinho, Ceilândia, Gama, Planaltina, Recanto das Emas, nas prisões do DF e ainda em Valparaíso de Goiás. A DIP/Seape e a Polícia Civil de Goiás ajudaram nas diligências. As investigações mostraram que o PCC funciona em núcleos independentes, cada um com sua própria organização no DF. O PCC domina os presos e amplia crimes dentro e fora das cadeias. Como a estrutura é descentralizada, a facção continua atuando mesmo quando presos seus líderes. Na Concórdia II, a polícia cumpriu 18 mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão. Essa operação segue a fase inicial de abril de 2025, que levou a 14 mandados contra tráfico de drogas e extorsão em Brazlândia. A Occasus focou numa investigação de tentativa de homicídio entre gangues rivais. Nessa ação, foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão. As autoridades querem impedir que o PCC se consolide no DF, cortando a formação de novas células e reduzindo sua capacidade de agir onde já foi detectado.