Nesta sexta (28), a Corregedoria da PM do Rio deteve cinco membros do Batalhão de Choque, acusados de crimes na operação Contenção nos complexos da Penha e do Alemão.
Os presos incluem o terceiro sargento Eduardo de Oliveira Coutinho, o subtenente Marcelo Luiz do Amaral e o segundo sargento Diogo da Silva Souza.
A 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar revisou as gravações das câmeras corporais e encontrou sinais de que um fuzil apreendido depois de um tiroteio foi furtado.
Outros cinco policiais do mesmo Batalhão também receberam mandados de busca e apreensão.
Em nota, a PM do Rio disse que não tolera desvios ou crimes cometidos por seus membros e que vai punir duramente quem for provado culpado.
Ainda não constam, no sistema do TJ-RJ, os nomes dos advogados que defenderão os presos.
A ordem de prisão relata que, depois de um tiroteio com agentes do Choque, um fuzil foi encontrado no chão.
Nos vídeos a arma é recolhida, mas não aparece nos documentos oficiais da operação.
Por volta das 10h33, os policiais entraram em um comércio.
Nas gravações se ouve um papo que sugere que eles queriam desmontar, esconder e levar objetos.
Numa das falas, Coutinho fala para Amaral:
O juiz Thales Nogueira Cavalcanti Venancio Braga anotou:
Na operação Contenção, o Choque fez 27 prisões e registrou uma morte causada por polícia.
A equipe confiscou 22 fuzis, cinco pistolas, um revólver, carregadores, munições, drogas e R$ 787.
Participaram da ação 210 policiais do Batalhão de Choque.
Os policiais presos não constam na lista de quem registrou oficialmente as armas apreendidas.
A Promotoria do Rio juntou um relatório completo ao material que foi encaminhado ao STF dentro da ADPF 635.
