O Nível do STF: ‘Bessias é o Novo Toffoli’, Alerta Cantanhêde Sobre a Degradação Institucional

A jornalista Eliane Cantanhêde, em uma de suas análises mais lúcidas, traçou um paralelo contundente que ressoa nos corredores da Justiça e da Política: “Bessias é o novo Toffoli”. A comparação, que sugere um padrão de alinhamento partidário na mais alta Corte do país, foi amplamente endossada por Marcelo Guterman, engenheiro e mestre em Economia e Finanças, em artigo que provoca uma reflexão profunda sobre o cenário institucional brasileiro.

A Polêmica Comparação e o Cenário do STF

Cantanhêde, ao comparar a possível ida de “Bessias” para uma das onze cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF) com a atuação de Toffoli, especialmente no episódio do Mensalão, aponta para uma preocupante tendência. Segundo Guterman, a jornalista acerta ao identificar em “Bessias” mais um “tarefeiro do PT” na Corte, levantando questionamentos sobre a independência e a composição do STF em um momento crítico da República.

A Hipocrisia na Crítica ao Congresso e a Responsabilidade Presidencial

Marcelo Guterman expande a análise, contextualizando a fala de Lula, que recentemente afirmou, diante de um Hugo Motta constrangido, que nunca houve um Congresso de tão “baixo nível” como o atual. Guterman ironiza a crítica, sugerindo que, para Lula, “baixo nível” se refere a um Congresso que não se curva às suas vontades. No entanto, o autor aplica a mesma lógica ao STF, questionando o nível atual da composição da Corte.

Em uma república presidencialista, a responsabilidade sobre a qualidade das instituições recai, em grande parte, sobre o presidente. Se o Congresso e o Supremo são percebidos como de baixo nível, o presidente tem seu quinhão de responsabilidade. Guterman aponta Lula como um dos principais responsáveis pela continuidade de uma “tradição de rebaixar as instituições brasileiras para atender aos seus próprios interesses”, uma cadeia temporal que remonta a D. Pedro I, com raras exceções.

O Precedente Americano e a Degradação Institucional

Para ilustrar a importância da institucionalidade, Guterman faz uma digressão histórica, relembrando o exemplo de George Washington. Em 1796, mesmo sendo favorito a um terceiro mandato, Washington abriu mão da candidatura para evitar que a República Americana ficasse dependente de uma única pessoa. Essa tradição, que mais tarde se tornaria lei, prevaleceu mesmo diante de figuras históricas como Ulysses Grant, que teve sua terceira eleição negada pelo próprio Partido Republicano, demonstrando que a institucionalidade falou mais alto que os interesses individuais.

Em contraste, o Brasil, segundo a análise, parece seguir um caminho oposto, onde a busca por interesses pessoais e partidários tem, reiteradamente, fragilizado suas instituições.

A Responsabilidade das Elites e o Futuro do Brasil

Guterman conclui que o “nível” de um país é o nível de suas elites políticas, econômicas e intelectuais. Se as instituições e, por extensão, o povo, apresentam um nível baixo, é porque as elites contribuem para essa degradação. Contrariando a prece de Cantanhêde para que “Bessias” tenha a Constituição como Norte, o autor lembra que “Deus não retira a liberdade aos homens”. Portanto, o Brasil será sempre o fruto das escolhas de suas próprias elites. O destino da nação está nas mãos daqueles que detêm o poder de decidir.

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