A polarização chegou ao Supremo Tribunal Federal. O que era impensável para muitos, agora é a realidade: Fux dividiu a Corte ao meio, enfraquecendo sua autoridade e o próprio poder do STF. Essa divisão gera consequências diretas e preocupantes.
Não importa quem ocupe a primeira turma – Toffoli, Fachin ou Gilmar Mendes –, a segunda turma se consolida como um verdadeiro ‘STF de oposição’, com três votos dominando os dois restantes. Essa configuração não é uma mera formalidade; é um fato que redefine o funcionamento interno do tribunal.
A situação se agrava com o dilema de Gilmar Mendes: se for para a primeira turma, adquire um certo ‘carimbo americano’ mas não consegue se eximir de votos cruciais; se permanecer, perde influência na turma de oposição. Um jogo de poder que expõe a fragilidade atual do sistema.
Enquanto se aguarda a sabatina para a entrada de um novo ministro, muitas decisões de peso continuam concentradas na segunda turma, sob essa nova configuração. Um cenário de instabilidade que já afeta o andamento de processos importantes e a própria segurança jurídica.
É inegável que esta nova realidade dentro do Supremo Tribunal Federal vai tirar o sono de muita gente. A autonomia e a coerência da Corte estão em jogo, e as consequências podem ser sentidas por toda a nação, afetando a estabilidade institucional do país.
