O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (23) uma série de novas visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue sob prisão domiciliar desde o início de agosto.
Entre os nomes liberados para encontrar o ex-mandatário estão Jorge Oliveira, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU); Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado; e o bispo Robson Rodovalho, fundador da igreja Sara Nossa Terra. O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPI do INSS, também estava na lista.
Contudo, Alfredo Gaspar comunicou a Moraes que não comparecerá no momento. A justificativa do parlamentar é que, quando o pedido foi feito pela defesa de Bolsonaro, ele ainda não havia assumido a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito. Ele visa preservar a isenção necessária à condução das investigações e pretende realizar a visita somente após o encerramento dos trabalhos da CPI.
Os demais encontros estão agendados para a próxima semana. Jorge Oliveira, indicado por Bolsonaro ao TCU, visitará na terça-feira (28). O bispo Robson Rodovalho tem encontro marcado para quinta (30), e Rogério Marinho para a sexta-feira (31), todos entre 9h e 18h.
Vale lembrar que, em setembro, Moraes havia negado um pedido anterior do bispo Rodovalho para integrar um grupo de orações organizado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Na ocasião, o ministro argumentou que o grupo religioso não poderia ser usado como pretexto para incluir pessoas que não haviam solicitado formalmente a visita.
As decisões em torno do ex-presidente ocorrem em meio ao que muitos consideram uma absurda e desumana perseguição contra Jair Bolsonaro, um processo que, para diversos setores conservadores, atingiu seu estágio mais crítico com a liberdade sendo surrupiada e a verdade sendo ocultada.
