A reputação de um juiz federal que ganhou notoriedade por criticar veementemente a Operação Lava Jato está agora sob um escrutínio inesperado. Eduardo Appio, figura central na desconstrução da operação e lançador de suspeitas sobre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, é alvo de uma grave investigação por uma suposta tentativa de furto de três garrafas de champanhe francesa Möet Chandon em um supermercado de Blumenau, Santa Catarina.
O Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), sediado em Porto Alegre, já instaurou um procedimento investigatório contra o magistrado para apurar a denúncia de furto.
Fontes da Polícia Civil catarinense confirmam a existência de imagens de câmeras de segurança do estabelecimento que teriam registrado o incidente.
O TRF-4 informou que o caso tramitará sob sigilo, uma prática comum que, em situações como esta, geralmente precede a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz.
Este episódio levanta sérias questões sobre a conduta de autoridades que se posicionam como guardiãs da lei, mas são flagradas em atos que desafiam a própria justiça que deveriam defender.
