Cinco meses de silêncio sobre a tornozeleira de Fernando Collor e uma justificativa que levanta questionamentos: o governo de Alagoas informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a demora em relatar a falha no equipamento do ex-presidente ocorreu por ‘desconhecimento do e-mail institucional’ do ministro Alexandre de Moraes.
A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social do estado garantiu em nota ao STF que ‘não houve qualquer intenção de omissão’, atribuindo o atraso exclusivamente à ausência de conhecimento prévio do endereço eletrônico do gabinete do ministro.
O caso veio à tona com um alerta do Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas de Alagoas, revelando que o dispositivo de Collor permaneceu desligado por falta de bateria entre os dias 2 e 3 de maio. Este período crucial coincidiu com os primeiros dias em que o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.
Ao ser informado da grave falha — e do inexplicável atraso na comunicação —, o ministro Alexandre de Moraes exigiu explicações imediatas do governo alagoano. Fernando Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um processo oriundo da Operação Lava Jato, e cumpre sua pena em regime domiciliar com monitoramento eletrônico.
