Uma manobra política que vai muito além das disputas eleitorais em Santa Catarina está sendo revelada. Não se trata apenas de uma vaga no Senado, mas de um movimento antigo e persistente para retirar Jair Bolsonaro da liderança da direita brasileira.
Este fenômeno, em sua essência, assemelha-se ao que levou supostos bolsonaristas a apoiarem Marçal em 2024, buscando substituir Bolsonaro por um ‘coach estelionatário’ no comando do projeto político da direita. É um padrão claro de rejeição aos Bolsonaros como protagonistas.
Há, de fato, um grupo político ativo há anos, trabalhando para destituir Bolsonaro da liderança. Ele é formado por figuras que já o contestavam antes de 2018 e por aqueles que se elegeram com o apoio direto do próprio Bolsonaro, mas agora enxergam vantagens em uma troca de comando.
Enquanto os primeiros agem em seu papel legítimo dentro do jogo político, os segundos se configuram como um bando de ingratos, traidores e sem valor.
É notável que muitos dos personagens que torcem o nariz para a candidatura de Carlos fizeram o ‘M’, inclusive a Dona Emília, que possivelmente migrará para o partido Novo e fará companhia ao Senhor Sabugosa. A influência do Novo e de figuras ligadas a Deltan Dalagnol é constante nessas ‘picuinhas da direita’ contra Bolsonaro.
A estratégia é clara: descolar-se de Bolsonaro, mas sem perder o valioso apoio dos seus eleitores. Uma manobra que visa enganar o eleitorado conservador.
