Embaixada Japonesa Exige Extradição de Paul Watson em Meio à COP30 no Brasil

A Embaixada do Japão formalizou um pedido de extradição ao governo brasileiro referente ao ativista canadense Paul Watson. O ambientalista está no Brasil para participar de eventos da COP30, e a solicitação ocorre em meio a um conflito que se estende por mais de uma década entre ele e as autoridades japonesas.

Paul Watson, que é fundador da Sea Shepherd e um dos criadores do Greenpeace, atua como ativista ambiental há mais de 50 anos. Seu trabalho se concentra no combate à caça de baleias no Oceano Pacífico, uma prática que ele denuncia como ilegal quando realizada pelo Japão sob a justificativa de pesquisas científicas.

A Sea Shepherd Brasil, por sua vez, ingressou na Justiça com um pedido de habeas corpus preventivo para garantir a liberdade do canadense durante sua permanência no país para a conferência climática da ONU. A organização possui um histórico de documentar e denunciar internacionalmente a caça às baleias em áreas protegidas.

As ações da ONG já resultaram em uma decisão importante da Corte Internacional de Justiça, que em 2014 determinou que o programa japonês de caça às baleias não possuía legitimidade científica.

O conflito entre Watson e o Japão intensificou-se em 2012, quando autoridades japonesas e costa-riquenhas solicitaram à Interpol a inclusão do nome do ativista em sua lista vermelha. Este instrumento permite que países troquem informações e realizem buscas automatizadas para localizar pessoas. Em julho de 2024, Watson chegou a ser detido durante um evento na Groenlândia, permanecendo preso por cinco meses em uma penitenciária local até ser libertado pelas autoridades dinamarquesas.

A Interpol, contudo, removeu o nome do canadense de sua lista vermelha no início de 2025. A organização internacional reconheceu motivações políticas no pedido japonês e considerou desproporcional utilizar este mecanismo contra Watson, visto que é geralmente empregado para rastrear criminosos de alta periculosidade.

Em um comunicado sobre o caso, a Sea Shepherd expressou sua posição. Nathalie Gil, presidente da Sea Shepherd Brasil, fez um apelo para que as autoridades brasileiras resistam às pressões externas. Paul Watson também se manifestou, afirmando estar sendo “punido” pelo governo japonês por se opor à caça ilegal de baleias.

Representantes diplomáticos japoneses, quando contatados para esclarecer sua posição sobre o pedido de extradição, informaram apenas que o governo “não vai emitir nenhuma nota sobre o tema”. A situação jurídica do ambientalista permanece em destaque enquanto ele participa da conferência global.

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