Neste sábado (29), o governo venezuelano rejeitou a fala de Donald Trump, que disse que o espaço aéreo da Venezuela está totalmente fechado. Maduro chamou a decisão de ameaça colonialista em nota oficial. A reação veio logo depois do anúncio de Trump, que deixou no ar a ideia de missões aéreas dos EUA no país.
Maduro descreveu a atitude de Trump como uma agressão nova, extravagante, ilegal e sem justificativa contra o povo venezuelano. O clima de tensão cresce enquanto os EUA aumentam sua presença militar na América do Sul e no Caribe.
Na quinta‑feira (27), Trump falou que os EUA podem fazer incursões terrestres na Venezuela, alegando que seria para combater o narcotráfico. Maduro e outros líderes venezuelanos já recebem ameaças de Washington.
Em julho, o governo Trump rotulou Maduro como chefe do cartel Los Soles, que os EUA consideram um grupo terrorista internacional. Essa classificação dá ao país base legal para intervenções militares sob a desculpa de lutar contra o narcoterrorismo.
Os Estados Unidos aumentaram a força militar na América Latina, enviando navios de guerra, um submarino nuclear, caças F‑35 e o porta‑aviões USS Gerald R. Ford, o maior do mundo. A missão, chamada Lança do Sul, começou em 13 de novembro.
Nos últimos meses, o Pentágono fez 22 ataques a barcos que supostamente traficavam drogas no Caribe e no Pacífico. Até agora, os EUA não mostraram provas de que esses navios estejam realmente ligados ao tráfico.
Os fuzileiros navais dos EUA, estacionados em bases latino‑americanas, treinam infiltrações, desembarques, guerra na selva e voos de combate. Em resposta, Maduro lançou uma grande mobilização e afirmou que o país está pronto para enfrentar a chamada “ameaça imperial”.
