Nesta segunda‑feira (1), o ministro Alexandre de Moraes mandou a Polícia Federal fazer outro exame médico no general Augusto Heleno, para checar se ele realmente tem Alzheimer. O juiz está colocando em dúvida o laudo que diz que o militar tem demência mista.
Na ordem, Moraes lista os exames que precisam ser feitos para confirmar a condição de saúde que a defesa do general alega.
Primeiro, o ministro quer prova concreta de que há demência mista – Alzheimer e vascular – como está no documento. Ele pediu exames de sangue, ressonância magnética e tomografia.
Moraes notou que as datas do diagnóstico não batem. Se os peritos da PF concluírem algo diferente dos médicos do Heleno, os médicos e os advogados do general podem ser acusados de mentir ao juiz.
O ministro já mostrou desconfiança antes, ao analisar atestados médicos. Quando o ex‑presidente Jair Bolsonaro alegou que um remédio causou um surto e o fez violar a tornozeleira eletrônica, Moraes não acreditou.
Essa ordem cria um precedente: laudos médicos agora terão que ser checados a fundo em processos de grande repercussão, quando a saúde é usada como argumento nos tribunais.
