Maduro, o ditador sanguinário da Venezuela, está só.
O chavismo, que tem atormentado a Venezuela desde 1999, está à beira da morte.
No cargo desde 2013, Maduro tem sangue de patriotas venezuelanos nas mãos, inclusive de Òscar Pèrez, considerado herói, morto em 2018.
Maduro erra em vários pontos, mas o pior foi negar a derrota nas eleições de pouco mais de um ano atrás e se agarrar ao poder à força.
Na semana passada, ele ainda recusou a proposta generosa que Donald Trump fez por telefone.
A proposta era que ele renunciasse de imediato e saísse da Venezuela com a família.
Quem ainda acreditava que os amigos ajudariam, veja o que o Wall Street Journal disse: a rede de aliados de Maduro se desfez.
Cuba, Irã e Nicarágua mal conseguem se sustentar economicamente.
A Rússia já lida com a guerra na Ucrânia, e a China tem seus próprios desafios.
Nenhum desses países vai desperdiçar capital político com um morto, preferem melhorar laços com os EUA, não arruiná‑los.
Agora os brasileiros esperam ver o que Lula, aliado de Maduro, vai fazer.
Se Lula for corajoso – ou insensato – o melhor que pode fazer por Maduro é dar-lhe refúgio, desafiando os EUA e correndo o risco de pagar as consequências.
Mas não pode devolver o poder, como fez Fernando Henrique Cardoso em 2002 ao libertar Hugo Chávez da prisão, selando o futuro sombrio da Venezuela.
Artista plástico, publicitário e diretor de criação. https://www.marcoangeli.com.br
