Em todo grupo de gente – família, escola, empresa ou nação – precisa ficar claro quem tem a palavra final.
Mesmo que o poder esteja bem organizado, ele não dura quando alguém o usa para abusar.
Quem recebe a responsabilidade de liderar merece respeito, quase como algo sagrado. Mas esse respeito não serve para justificar tirania; quem manda tem que agir com moderação e pensar no bem de todos, não só no próprio benefício.
Se o líder começa a abusar, logo alguém vai contestar. As instituições enfraquecem e surgem lutas fora da lei, que já foi manchada por esse abuso. No pior cenário, a anomia toma conta e a lei perde todo o sentido.
Os ministros do STF, quem os indicou, aprovou e ainda bajulou, também carregam parte da culpa pelo enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil.
Marcelo Guterman – engenheiro de produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Economia e Finanças pelo Insper.
