Kelvin Barros da Silva, soldado do Exército que admitiu ter matado a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, hoje faz parte da equipe que cuida da segurança da Presidência da República, onde está o presidente Lula.
Kelvin serve no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, mais conhecido como Dragões da Independência, uma das unidades militares mais antigas do Brasil.
O regimento foi criado em 1808, no aniversário do príncipe‑regente Dom João VI, para proteger a família real portuguesa.
Com o tempo, passou a ser a guarda de honra do Imperador e, depois, a responsável pela segurança do presidente da República, função que ainda exerce.
A Polícia Civil do DF informou que Kelvin contou ter um caso com Maria de Lourdes e que a briga que acabou em assassinato saiu do controle muito rápido.
O delegado Paulo Noritika disse que a cabo exigiu que Kelvin terminasse seu caso e cumprisse a promessa de assumir o relacionamento.
Na discussão, ela sacou a arma, deixando a situação ainda mais tensa.
Kelvin contou que segurou a pistola da vítima para que ela não a usasse e, enquanto isso, pegou a faca militar que Maria de Lourdes tinha na cintura.
Com a faca, ele deu um golpe forte no pescoço dela.
A PCDF achou a faca exatamente no ponto onde estava o ferimento, confirmando o que o soldado disse.
A investigação indica que o crime aconteceu na sexta‑feira, dia 5.
Depois do ataque, Kelvin usou álcool e um isqueiro para queimar a zona da fanfarra do batalhão, tentando destruir as provas.
Ele saiu correndo com a pistola da cabo e, depois, se livrou da arma, de acordo com os investigadores.
Pelo que parece, ele queria atrapalhar a perícia e tornar mais difícil entender como o crime aconteceu.
As autoridades disseram que o soldado tem 21 anos e não tem ficha criminal.
Hoje ele está preso no Serviço de Guarda do Exército e vai ser julgado por feminicídio, furto de arma, incêndio e fraude processual.
Se for condenado por tudo, a pena pode chegar a 54 anos de prisão.
