Na madrugada desta quarta‑feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei da Dosimetria com 291 votos a favor e 148 contra, marcando o primeiro passo concreto rumo a uma eventual anistia ampla, geral e irrestrita.
Embora o texto não corresponda exatamente ao que defendem muitos parlamentares da direita, a medida reduz a fração da pena necessária para a progressão de regime de um quarto para um sexto. Essa mudança permite que milhares de condenados tenham a situação revisada imediatamente, aliviando o rigor penal que consideram excessivo.
O deputado Nikolas Ferreira comemorou a votação, resumindo o sentimento da base conservadora ao dizer que “não é o ideal, mas é o possível”. Ele destacou que, diante do cenário atual, essa era a única alternativa viável para aliviar as condenações e abrir caminho para reformas mais amplas no futuro. Segundo Ferreira, o próprio Jair Bolsonaro — atualmente detido em Brasília — autorizou a bancada a apoiar o PL, considerando essa estratégia a mais inteligente para avançar na pauta da reparação.
Com a aprovação na Câmara, o projeto segue agora para o Senado. Para a direita, a dosimetria representa o início de um processo maior de pacificação e justiça, viabilizado pelo pragmatismo político e pelo alinhamento da bancada com a orientação de Bolsonaro.
