O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, determinou o destravamento de um inquérito que estava parado há dois anos e que tem como alvo o deputado Paulinho da Força (Solidariedade‑SP).
A medida responde a um ofício da Polícia Federal, que exigiu uma definição urgente sobre o futuro da apuração.
Segundo a investigação, Paulinho teria recebido R$ 100 mil por mês para repassar a uma organização criminosa listas de trabalhadores demitidos, facilitando a abertura de ações trabalhistas fraudulentas. O esquema teria contado com o apoio interno de sindicatos e advogados.

Em 2023, a PF solicitou ao STF que esclarecesse se o processo deveria permanecer na Corte ou ser remetido à primeira instância, já que Paulinho estava sem mandato e havia perdido o foro privilegiado. Na mesma época, ele retornou à Câmara como suplente, após a cassação do deputado Marcelo Lima pelo TSE. Desde então, o inquérito ficou estagnado por falta de posicionamento do Supremo.
Com a decisão de Mendonça, o caso foi encaminhado à Procuradoria‑Geral da República, que deverá indicar se haverá denúncia, arquivamento ou novas diligências.
A reativação do inquérito ocorre na mesma semana em que Paulinho da Força ganhou destaque nacional ao relatar o PL da Dosimetria, aprovado pela Câmara na madrugada desta quarta‑feira (10) com 291 votos a favor e 148 contra. O projeto reduz as penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro, medida que o parlamentar descreve como essencial para “pacificar o país”.
