Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos‑PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil‑AP), encontraram‑se para traçar uma estratégia conjunta de reação institucional diante da Operação Transparência, deflagrada pela Polícia Federal e que investiga supostas irregularidades na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares.
Ao lado dos dois mandatários, participou do encontro o ex‑presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD‑MG), reforçando a dimensão política da reunião.
A Polícia Federal iniciou nesta sexta‑feira a Operação Transparência, que tem como objetivo apurar o uso irregular de emendas de congressistas. Entre os alvos está Mariângela Fialek, conhecida como “Tuca”. Segundo seu perfil no LinkedIn, ela ocupa, desde março de 2021, o cargo de chefe da Assessoria Especial do Gabinete da Presidência da Câmara. O mesmo cargo foi ocupado pelo deputado Arthur Lira (PP‑AL) no período de 2021 a 2025.

Embora a investigação tenha começado focada na Câmara dos Deputados, membros da alta cúpula do Senado manifestaram preocupação com a possibilidade de expansão das investigações para o Senado. Segundo informações, Fialek teria atuado sob ordens de Davi Alcolumbre, o que motivou a articulação de uma resposta institucional conjunta entre as duas casas.
O ex‑presidente da Câmara declarou que não há indícios de desvio e que Mariângela Fialek é apenas assessora vinculada à presidência da Casa. A reportagem tentou contato com a investigada, mas, conforme noticiado pela GloboNews, o celular de Fialek foi apreendido durante a operação.
O inquérito que apura as supostas irregularidades conta com depoimentos de seis congressistas e de uma funcionária da Câmara. As diligências foram autorizadas pelo ministro Flávio Dino, relator das ações que tratam da transparência das emendas parlamentares no Supremo Tribunal Federal.
