Nesta quarta‑feira, 17 de dezembro, a Polícia Federal conduziu, no Instituto Nacional de Criminalística em Brasília, uma perícia médica cujo laudo determinará se o ex‑presidente Jair Bolsonaro (PL) terá autorização para um novo procedimento cirúrgico.
A inspeção foi exigida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O magistrado tomou essa medida depois que a defesa de Bolsonaro requereu ao STF a autorização para a “realização urgente de procedimento cirúrgico” no Hospital DF Star. Considerando que os exames apresentados eram antigos, Moraes determinou que médicos da Polícia Federal realizassem uma perícia oficial antes de qualquer decisão.
No domingo passado, 14 de dezembro, Bolsonaro passou por exames de ultrassonografia na Superintendência da Polícia Federal, onde está detido. Os laudos enviados ao STF apontaram a presença de duas hérnias inguinais e recomendaram a intervenção cirúrgica.
“Dessa maneira, determino o envio de cópia dos exames e laudos juntados aos autos para conhecimento e análise dos peritos médicos, que realizarão a perícia no dia 17/12/2025, no Instituto Nacional de Criminalística”, determinou Moraes.
A partir do parecer que a perícia produzir, será competência do ministro decidir se autoriza ou não a cirurgia pleiteada pela defesa.
Bolsonaro tem sofrido crises frequentes de soluço, que os médicos atribuem à facada recebida durante a campanha de 2018. Desde então, ele já passou por várias cirurgias e intervenções no intestino.
Nos pedidos encaminhados ao STF, a defesa incluiu o tratamento das hérnias inguinais bilaterais e a aplicação de bloqueio anestésico do nervo frênico, indicado como terapia complementar para os problemas intestinais e os soluços persistentes.

