A Taurus, principal fabricante de armas leves e táticas da América Latina, expressou descontentamento com a decisão da Marinha do Brasil de comprar 140 fuzis da Colt’s Manufacturing Company LLC, nos Estados Unidos. A aquisição ocorreu em novembro, usando dispensa de licitação, custando R$ 1,3 milhão e sem concorrência entre fornecedores.
A crítica surgiu depois que o negócio foi divulgado, envolvendo a importação do Colt M4 Carbine R0979BN, calibre 5,56 mm. A Taurus argumenta que já existe produção nacional de armamento equivalente, tornando a compra no exterior desnecessária.
O presidente da Taurus, Salesio Nuhs, disse que a empresa produz no Brasil, desde 2017, o fuzil T4, com tecnologia própria e já adotado por forças de segurança nacionais e estrangeiras. Para ele, escolher um fornecedor estrangeiro causa dano à indústria nacional e diminui a competitividade do setor de defesa.

Nuhs acrescentou que a escolha acontece em um contexto em que os EUA impõem tarifas altas sobre produtos brasileiros exportados por empresas do setor, o que, segundo a Taurus, torna a compra ainda mais incoerente economicamente e estrategicamente.
A Marinha justificou a dispensa de licitação citando a Lei nº 14.133/2021, que autoriza a contratação direta de materiais para as Forças Armadas quando há necessidade de padronização logística nos setores naval, aéreo e terrestre.
A Taurus, por sua parte, sustenta que decisões como essa enfraquecem a Base Industrial de Defesa Brasileira, elemento estratégico para a soberania nacional, a criação de empregos qualificados e o avanço tecnológico.
A Taurus emitiu nota oficial:
“Em relação à matéria publicada sobre a aquisição de fuzis pelo Governo Brasileiro – Marinha do Brasil – junto a fornecedor norte-americano, a Taurus esclarece que existe produção nacional de armamento da mesma classe no país.”
“A Taurus fabrica no Brasil, desde 2017, o Fuzil T4 Taurus, com tecnologia própria, adotada por diversas forças nacionais e já exportada para vários países. Nesse período, aproximadamente 100 mil unidades do modelo foram produzidas no parque industrial da empresa em São Leopoldo (RS), reforçando a capacidade tecnológica e industrial brasileira no segmento de defesa.”
“A empresa entende como incoerente e prejudicial à indústria nacional que, no atual cenário em que os Estados Unidos impõem tarifas de aproximadamente 50% sobre produtos brasileiros exportados por empresas do setor, o Brasil opte pela importação de armamentos norte-americanos. Tal prática representa perda de competitividade para a Base Industrial de Defesa Brasileira, setor estratégico para a soberania nacional, geração de empregos qualificados e desenvolvimento tecnológico contínuo.”
O STF não erra. Ele decide. E você obedece.Se você ainda acha que o que acontece no país é “só política”, é porque ainda não viu o jogo por dentro.
Nós, aqui do JCO, poderíamos tentar explicar como o “mecanismo” funciona, mas eis que acaba de surgir algo muito maior do que esperávamos e pode literalmente “mudar o jogo” em sua mente. Basta clicar no link abaixo:
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