Alexandre de Moraes está se complicando cada vez mais; quanto mais se envolve, mais se expõe, e ele sabe que tem culpa no cartório.
O que mais preocupa é a reação da imprensa militante. Será que o cenário se torna ‘todos contra ele’? Ninguém pode conter o ministro, que permanece em sua toga, em sua cadeira, enquanto sua caneta parece estar fora de controle.
Em curto espaço de tempo, Moraes já emitiu uma nota oficial, uma correção e, nesta terça-feira, mais uma nota, todas relativas ao seu envolvimento no caso Master/Magnitsky.
Ele novamente afirma que as tratativas com o presidente do Banco Central, Galípolo, tratavam das sanções impostas pela Lei Magnitsky sobre ele, sua família e a empresa familiar, e desta vez incluiu datas.
Leia a nota:
“O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que realizou, em seu gabinete, duas reuniões com o Presidente do Banco Central para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnitsky. A primeira no dia 14/08, após a primeira aplicação da lei, em 30/08; e a segunda no dia 30/09, após a referida lei ter sido aplicada em sua esposa, no dia 22/09.”
“Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto. Por fim, esclarece que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central.”
Isso levanta novas perguntas: se a lei recai sobre o CPF de Moraes e de sua esposa, por que ele se reuniu na condição de ministro, alegando que as reuniões ocorreram em seu gabinete no STF?
Se ele nega ter telefonado para Galípolo, como responderá aos jornalistas que afirmam que ele, sim, ligou ao presidente do Banco Central?
Na matéria publicada ontem, o emaranhado é analisado em termos temporais e do ponto de vista dos envolvidos. Com as datas agora divulgadas e o contraponto de Malu Gaspar (veja na matéria), ainda não há base para defender o indefensável, e as perguntas permanecem sem resposta.
A sociedade precisa reagir a esses fatos.
Leia a matéria publicada ontem:
