Vazamento da PF sobre Daniel Vorcaro abala Brasília

A Polícia Federal (PF) encontrou documentos confidenciais de inquéritos no aparelho celular do banqueiro Daniel Vorcaro durante análises realizadas na Operação Compliance Zero. Os investigadores confirmaram que o empresário teve acesso a trechos de investigações sigilosas antes que fossem oficialmente disponibilizados à sua defesa.

Os documentos apreendidos contêm informações específicas sobre a negociação entre o Banco Master e o BRB, principal foco das investigações conduzidas pela PF. A análise do material revelou que Vorcaro obteve acesso antecipado a conteúdos restritos relacionados à transação entre as duas instituições financeiras.

A Federal também investiga indícios de que o banqueiro teria contratado hackers. Conversas interceptadas entre Vorcaro e um colaborador indicam solicitações para invasão de sistemas com o objetivo de acessar arquivos restritos e interferir na divulgação de informações sobre o banco sob seu comando.

Os investigadores identificaram ainda o uso de sistemas automatizados para manipular a visibilidade de conteúdos na internet. A estratégia aparentemente buscava reduzir o alcance de notícias desfavoráveis enquanto promovia materiais positivos sobre a imagem pessoal de Vorcaro e a reputação do Banco Master no mercado financeiro.

Uma frente paralela da investigação examina uma possível fraude que atinge R$ 12 bilhões. A PF suspeita que o Banco Master vendeu ao BRB carteiras de crédito consignado inexistentes, operação que supostamente encobria perdas financeiras da instituição vendedora.

A defesa de Vorcaro contesta as acusações. Os advogados afirmam que não houve irregularidades na operação entre os bancos. Segundo eles, o contrato com o BRB previa a possibilidade de substituição de ativos caso fossem detectadas inconsistências nas operações, o que descaracterizaria a alegação de fraude.

O caso tramita em diferentes instâncias do judiciário. Vorcaro foi liberado em 29 de novembro após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF‑1). O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, assumiu posteriormente a condução do processo devido à apreensão de documentos que mencionavam uma transação imobiliária envolvendo o deputado federal João Carlos Bacelar, do PL da Bahia. Toffoli determinou a retomada imediata dos depoimentos dos investigados.

Para a equipe da PF, a descoberta dos documentos confidenciais reforça a hipótese de que o banqueiro considerou deixar o país por temer uma eventual ordem de prisão preventiva.


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