Paulo Cunha Bueno, advogado do ex‑presidente Jair Bolsonaro, divulgou no X que a equipe médica do presidente solicitou ao ministro Alexandre de Moraes autorização para a remoção de duas hérnias inguinais que acometem o mandatário.
Apesar do pedido formal da equipe, composta por médicos de reconhecida reputação que acompanham Bolsonaro há anos, o ministro determinou que a Polícia Federal realizasse uma “perícia” para avaliar a necessidade dos procedimentos cirúrgicos.
Desconhecendo a expertise da Polícia Federal em questões médicas, o advogado requereu então a realização de uma ultrassonografia portátil no presidente. O exame, concluído no mesmo dia, confirmou a presença das duas hérnias indicadas pelos doutores Leandro Echenique e Claudio Birolini.
Com o diagnóstico confirmado, os profissionais responsáveis pelo tratamento reforçaram que nunca emitiram recomendações que não fossem baseadas em sua convicção médica e no juramento hipocrático que os guia.
Na sequência, a equipe renovará amanhã o pedido de hospitalização para a intervenção cirúrgica, aguardando que, à luz do laudo de ultrassom, o ministro conceda a autorização, independentemente da “perícia” policial.
Segundo o advogado, está claro que Alexandre de Moraes não tem outra alternativa senão autorizar a cirurgia e, posteriormente, a prisão domiciliar humanitária de Bolsonaro.
