Na sexta‑feira, 12 de dezembro, o governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, anunciou a retirada das sanções da Lei Magnitsky impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e à sua esposa, Viviane Barci de Moraes. No Brasil, a medida foi recebida de forma inesperada por alguns que se autodenominam “aliados” do ex‑presidente Jair Bolsonaro.
Um dos primeiros a comentar foi o deputado federal Luciano Vieira, presidente do PSDB no Rio de Janeiro. Ex‑filho do PL e conhecido pela boa interlocução com Bolsonaro, Vieira afirmou que a decisão representa um passo importante para o reequilíbrio das relações entre Brasil e Estados Unidos. Para ele, a sanção internacional foi um equívoco diplomático.
“A revogação da Magnitsky certamente distensionará a relação do Brasil com os Estados Unidos, parceiro histórico de nosso país. A aplicação da penalidade foi um equívoco que agora é corrigido e pode também, de alguma forma, ajudar a pacificação do Brasil, uma pauta comum a todos nós”, declarou.
Vieira ainda ressaltou que o fim das sanções pode contribuir para a redução das tensões políticas internas, num momento em que o debate institucional se mantém acirrado.
Na internet, a reação foi bem diferente: o público não perdoou a medida e voltou a destacar o polêmico livro “Supremo Silêncio”.


