O Brasil de hoje respira sob o domínio sufocante de um verdadeiro Narcoestado, uma realidade criminosa e perversa cujas raízes se aprofundam em decisões tomadas há décadas. A semente desse regime foi lançada lá nos anos 1980, sob o comando de Leonel Brizola, cujas políticas no Rio de Janeiro deram o pontapé inicial para o que assistimos hoje.
Naquela época, a proibição da ação policial em morros cariocas, aplicada por Brizola, pavimentou o caminho. Embora em escala menor, e supostamente dentro dos ditames da lei – ou alterando-a quando preciso –, o pretexto era o mesmo de hoje: a “proteção dos pobres”. O que muda são apenas os protagonistas e os roteiristas da trama.
O país inteiro sabia do poder dos bicheiros no Rio e suas ramificações nacionais. Eles se associavam a policiais, influenciando carnaval e futebol, ganhando a simpatia popular para suas contravenções. Um exemplo claro foi o Bangu de 1985, vice-campeão brasileiro com patrocínio do famoso bicheiro Castor de Andrade.
A proximidade de figuras como Brizola e seu vice-governador, Nilo Batista, com Castor de Andrade era notória. Em 1993, Castor e outros 13 bicheiros foram condenados por associação criminosa, incluindo 53 assassinatos. Contudo, no mesmo ano, Castor foi solto por Habeas Corpus, e nos dois anos seguintes, todos estavam livres. Um nível de impunidade que, se comparado ao atual, soa como “roubo de balas e pirulitos”.
Ao longo das décadas, a estratégia da esquerda para dominar o país evoluiu, mudando a roupagem e os atores, mas mantendo a trama. A “bandidolatria” nos morros e favelas do Rio deu um salto gigantesco, com mais proteção estatal, tecnologia, armas, drogas, muito dinheiro e um domínio preocupante sobre a sociedade, com tentáculos por todo o Brasil e vínculos internacionais.
Para ilustrar o avanço desta rede criminosa, basta citar o domínio territorial, político e econômico de facções como PCC e CV, as polêmicas que envolvem o próprio Judiciário, uma legião de defensores do tráfico disfarçados de “defensores dos direitos humanos” e uma imprensa que faz vista grossa, ou até defende abertamente grupos criminosos.
É lamentável que um governo, liderado por um reconhecido marginal, consolide tudo isso através de sua gente inepta, corrupta e desqualificada. As forças criadas neste submundo não serão fáceis de extinguir, pois são mestres em recuar para voltar ainda mais fortes.
O remédio contra essa infecção exige uma dosagem pesada e implacável. Qualquer coisa menos do que isso será apenas um placebo, ineficaz para erradicar o mal que corrói o Brasil.
