No domingo (30), Gerson de Melo Machado, 19, entrou de propósito na área onde fica a leoa Leona, no zoológico de João Pessoa. A leoa, que vive em cativeiro, o matou. Gerson, conhecido como “Vaquerinho” e que tinha problemas mentais, foi o responsável por invadir o recinto. A leoa vai continuar viva.
Leona reagiu como qualquer animal selvagem que vê seu território invadido. Mesmo tendo passado 19 anos em cativeiro desde que nasceu, ela ainda tem os mesmos instintos de caça que um felino selvagem. O cuidado humano não apagou esse comportamento.
Pesquisas da revista PLOS Biology já provaram que contato direto com leões pode matar. O estudo “Uma perspectiva mundial sobre ataques de grandes carnívoros a humanos” mostra que esses animais são muito fortes e agem de forma imprevisível, mesmo quando vivem em cativeiro.
Grandes felinos selvagens, como leões, são os que mais assustam as pessoas. Cientistas dizem que o medo da escuridão pode ser um instinto evolutivo para nos proteger de predadores noturnos, quando leões caçam mais.
Mesmo com a fama de serem perigosos, leões não costumam caçar gente hoje. O medo que sentem vem do nosso passado, quando nossos ancestrais competiam por território e sofreram ataques de leões.
Os leões selvagens estão quase extintos. Hoje há menos de 30 mil na África, seu lar natural. Lá, eles preferem ficar longe dos humanos.
Um leão pode acabar com a vida de alguém em menos de um minuto. Ele corre rápido, tem força enorme e instinto de caça, podendo atacar de golpe ou com a mordida.
Leões são diferentes dos outros grandes felinos. Enquanto tigres, onças, leopardos e guepardos caçam sozinhos e se escondem, os leões vivem em grupos familiares e caçam juntos.
Um leão macho adulto pode chegar a 225 kg; a fêmea, cerca de 150 kg. Só o tigre é maior que o leão entre os felinos selvagens.
Especialistas avisam: mesmo acostumados a humanos, leões continuam selvagens. Quando alguém se aproxima demais, perde o medo natural e o risco de ataque mortal cresce.
