Na noite desta segunda‑feira (15), o apresentador Ratinho utilizou seu programa para rebater as críticas dirigidas ao SBT após a estreia do novo canal SBT News. Ele comentou a repercussão política do evento, destacando a presença do presidente Lula e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Para Ratinho, o episódio foi distorcido por interpretações ideológicas nas plataformas digitais, e a reação exagerada acabou gerando uma narrativa equivocada sobre a postura da emissora. “As forças das redes sociais impulsionaram a falsa ideia de que o SBT é uma televisão voltada para os lados políticos, sendo esquerda ou direita”. O apresentador reforçou que a emissora não adota alinhamento partidário e sempre manteve uma linha editorial independente. “O SBT não tem lado, nunca teve. O SBT não tem partido, nunca teve. O SBT é isento”. Na avaliação de Ratinho, transformar a estreia de um canal jornalístico em embate ideológico ultrapassa o bom senso. “Transformar o lançamento do SBT News em fanatismo político é uma atitude que beira a ignorância”. Ele ainda explicou que o convite a autoridades segue uma prática institucional comum da empresa, pautada pelo respeito às instituições e pela pluralidade de opiniões. “O SBT respeita os poderes constituintes. Convidou autoridades de todos os poderes, de todas as linhas de pensamento, seja de direita, esquerda ou centro”, disse, antes de chamar ao palco o senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) como exemplo dessa diversidade.
Moraes pressiona defesa de Bolsonaro por novos documentos médicos
Na segunda‑feira, 15 de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou que a defesa do ex‑presidente Jair Bolsonaro entregue cópias integrais de todos os exames e laudos médicos já anexados ao processo. Esses documentos serão submetidos à análise de peritos oficiais e servirão de base para a perícia médica agendada para 17 de dezembro no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. A medida tem como objetivo averiguar a real urgência das alegações de problemas de saúde apresentadas pelos advogados de Bolsonaro. A defesa sustenta que há necessidade de cirurgia imediata e, por isso, pleiteia a concessão de prisão domiciliar em caráter humanitário. Segundo informações enviadas ao STF, os advogados informaram ao tribunal a ocorrência de “novas intercorrências de saúde”, alegando piora no quadro clínico do ex‑presidente. Além do pedido de cirurgia, solicitaram ainda a realização de exames complementares, como ultrassonografia das regiões inguinais, reforçando o pedido de prisão domiciliar. Em seu despacho, Moraes ressaltou que o exame médico realizado anteriormente, quando do cumprimento do mandado de prisão, não apontou necessidade de intervenção cirúrgica urgente. O ministro também observou que os documentos médicos apresentados não são recentes e, na época de sua emissão, não indicavam urgência clínica. Diante disso, considerou indispensável que peritos oficiais façam nova avaliação para verificar se realmente existe indicação médica para uma cirurgia urgente neste momento. A iniciativa visa garantir maior segurança técnica na apreciação do pedido da defesa. Concluída a perícia e juntado o laudo aos autos, o processo retornará imediatamente ao relator, o próprio ministro Alexandre de Moraes, que decidirá sobre os pedidos formulados pela defesa de Bolsonaro.
Moraes sob crítica: advogado aponta omissões graves no voto contra ex‑senador
Jeffrey Chiquini, advogado do ex‑senador Filipe Martins, divulgou recentemente sua análise do voto proferido por Alexandre de Moraes. No voto sobre Filipe Martins, Alexandre de Moraes: 1) Tentou comprovar dolo ao citar um discurso que afirmava expressamente que o réu não iria contestar as eleições, argumento que, segundo Chiquini, demonstra a ausência de intenção criminosa e ainda indica oposição ao novo governo. 2) Desconsiderou o depoimento de Freire Gomes, testemunha de acusação, que afirmou que Filipe Martins não participou de nenhuma reunião, ao afirmar que “as palavras da testemunha de acusação não mudam nada”. 3) Ignorou a declaração de Baptista Jr., também testemunha de acusação, que garantiu que o ex‑senador nunca esteve presente em reuniões com comandantes. 4) Desprezou as afirmações de Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio e Almir Garnier, as quais reforçavam que Filipe Martins não participou de nenhum encontro com comandantes. 5) Baseou-se amplamente na delação de Mauro Cid e em registros de entrada com assinaturas falsificadas – foram encontradas dez assinaturas diferentes para a mesma pessoa, configurando, no mínimo, falsidade ideológica. 6) Alegou não ser necessário apresentar a minuta atribuída a Filipe, reconhecendo que o documento não consta nos autos, e sustentou que “não importa se a versão atribuída a ele foi encontrada ou não”, devido à existência de múltiplas versões. 7) Admitiu a possibilidade de irregularidades e ilegalidades na prisão preventiva de Filipe Martins, mas afirmou que isso “não muda nada”. O Brasil acompanha o caso, porém a advocacia se mostra acovardada, a imprensa parece desinteressada em analisar os autos e a classe política permanece inerte. Veja:
Lulinha, o “Careca” e o irmão de Lula: suspeitas que não fecham a conta
Algumas contas parecem não querer ser encerradas – e não se trata apenas de uma conta de restaurante. Quando o poder se entrelaça com laços de família, cada atitude se transforma em registro público. Nos últimos três anos o cenário tem sido hostil: episódios, dúvidas e controvérsias envolvendo filhos, parentes e aliados de Luiz Inácio Lula da Silva. Não se trata de um veredicto, mas de uma exigência de transparência baseada em fatos e documentos públicos. O fio das suspeitas e das convocações negadas A tentativa de levar Fábio Luís Lula da Silva, o “Lulinha”, à CPI do INSS foi bloqueada pela bancada governista. Os pedidos da oposição foram derrotados e, oficialmente, não há investigação aberta contra ele no colegiado. Essa blindagem impede o esclarecimento. A senadora Eliziane Gama qualificou a convocação como “politicamente motivada” e sem fundamento técnico, alegando a ausência de documentos que liguem Lulinha ao suposto esquema. Enquanto isso, o presidente da CPI mencionou um eventual lobby, mantendo o debate no campo político e não em um indiciamento formal. A questão foi então encaminhada ao Tribunal de Contas da União. O senador Flávio Bolsonaro protocolou representação requerendo auditoria sobre um suposto vínculo entre Lulinha e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. As alegações apontam pagamentos sem contrato e comunicação “direta e frequente”, baseadas em reportagens e depoimentos ainda não confirmados em processo regular. Em resposta, o próprio “Careca” negou qualquer relação com o governo ou participação em fraudes, ao depor perante a CPMI. As pontas da rede: cargos, relações e acusações Dentre as conexões que despertam alerta está José Ferreira da Silva, o “Frei Chico”, irmão de Lula e tio de Lulinha, que ocupa a vice‑presidência do SINDNAPI, entidade que representa aposentados – exatamente o público impactado pelas denúncias ao INSS. A representação solicita “redobrada cautela” por possível conflito de interesse, o que não equivale a culpa, mas requer escrutínio institucional. Mesmo assim, ainda não se conseguiu colocar o irmão do presidente na cadeira dos suspeitos. No âmbito familiar, os cinco filhos de Lula têm trajetórias distintas e já apareceram em manchetes por diferentes motivos. Lulinha, biólogo e empresário, foi sócio da Gamecorp e alvo de investigações na Operação Lava Jato por aportes milionários, gerando questionamentos sobre sua proximidade com grandes empresas. Já Luís Cláudio, o caçula, foi acusado pela ex‑companheira de violência física, moral e psicológica; a defesa nega as acusações. Esses fatos compõem o retrato de um clã cuja vida privada se entrelaça inevitavelmente com o interesse público. Perguntas que não podem ficar sem resposta – Quem se beneficiou? Existe evidência material, além de depoimentos, de pagamentos ou contrapartidas indevidas envolvendo familiares do presidente? Em caso afirmativo, onde estão os contratos, notas e trilhas de transferência? – Onde falhou a governança? Se houver fraudes contra aposentados, como os mecanismos de controle do INSS foram contornados – e por quem, com nomes e atos concretos? – Como blindar o sistema? Quais medidas de transparência e compliance deverão ser exigidas de entidades e pessoas com vínculos familiares ao poder, para impedir favorecimentos encobertos? A conta não se fecha com desconfiança; se fecha com provas, auditoria e consequências. Algumas provas estão sendo suprimidas, outras rasgadas e ocultas – e ainda contamos com um STF de plantão pronto a decretar sigilo sobre o que estiver próximo de vir à tona. Enquanto isso não acontece, o mínimo que o público tem direito é luz: documentos, decisões, trilhas financeiras e o contraditório. O garçom está prestes a fechar a conta da família Lula da Silva, apresentando recibos, valores discriminados e assinaturas, ou mesmo apontando envolvimentos com “personalidades” que os denunciaram. Os documentos desse envolvimento foram eliminados, mas a credibilidade das testemunhas precisa ser verificada. Sem essa validação, trata‑se apenas de ruído – e o Brasil não pode pagar por ruídos. Enquanto houver um exército dedicado a proteger suspeitos e impedir que a verdade seja esclarecida, os produtos mais caros do “restaurante” da esquerda continuarão sendo servidos… E não haverá pratos ou louças suficientes para lavar tamanha sujeira.
Flávio Bolsonaro adota discurso técnico nas primeiras entrevistas
Nas primeiras entrevistas concedidas após anunciar sua pré‑candidatura à Presidência da República, Flávio Bolsonaro chamou a atenção tanto de aliados quanto de analistas mais céticos. Ao contrário do tom confrontacional que se esperava, o senador optou por uma postura ponderada, técnica e ao mesmo tempo firme, sinalizando um esforço claro de ampliar o diálogo e demonstrar maturidade política. No debate sobre o Bolsa Família, Flávio evitou o discurso simplista de extinção ou demonização do programa. Reconheceu seu papel social, sobretudo nas regiões mais vulneráveis, mas criticou o uso político do benefício e a falta de mecanismos eficazes de emancipação econômica. Propôs integrar o programa a políticas de emprego, qualificação profissional e estímulo ao empreendedorismo, buscando uma abordagem estrutural que reduza a dependência do Estado sem negar a realidade social brasileira. Em Segurança Pública, seu posicionamento foi ainda mais assertivo. Defendeu uma combinação de endurecimento contra o crime organizado e fortalecimento institucional das forças de segurança. Destacou a necessidade de inteligência policial, da integração entre estados e União, e da valorização dos profissionais da área, evitando tanto o discurso meramente punitivo quanto a retórica permissiva. A crítica implícita à falta de coordenação nacional e à fragilidade no combate às facções foi feita de forma direta, porém sem apelos emocionais exagerados. No debate sobre o ativismo do Judiciário, Flávio adotou um tom cuidadoso, porém firme. Defendeu a independência entre os Poderes e alertou para os riscos de decisões judiciais que extrapolam os limites constitucionais, especialmente quando impactam o processo político e a liberdade de expressão. Ao evitar ataques personalistas, posicionou‑se como defensor do equilíbrio institucional, reforçando que criticar o ativismo não significa desrespeito às instituições, mas sim a defesa de seu correto funcionamento. De modo geral, as entrevistas revelam um Flávio Bolsonaro mais preparado para o debate nacional, com discurso menos reativo e mais estratégico. Embora suas posições gerem controvérsia, o tom adotado — crítico, porém racional — indica uma tentativa clara de se apresentar como uma liderança capaz de dialogar com diferentes setores da sociedade, sem abrir mão dos princípios conservadores e de uma agenda firme em temas sensíveis ao eleitorado. Veja o vídeo:
Senador Girão pressiona por CPI após voo particular de Toffoli
O senador Eduardo Girão (Novo‑CE) denunciou a ida do ministro Dias Toffoli ao Peru a bordo de um jato particular, acompanhado do advogado Augusto Botelho, que atua no caso Banco Master. Girão informou que protocolou dois requerimentos à Comissão de Transparência do Senado, buscando identificar todos os passageiros dos aviões de Daniel Vorcaro, proprietário do banco, e os destinos desses voos. “Quem é que levava? Quem estava nesses aviões? Tem algum poderoso de plantão? É dever nosso buscar e direito do povo brasileiro de saber, porque é o dinheiro dele que está envolvido, do brasileiro, da sociedade.” Ele reforçou a necessidade de transparência nas investigações, condenou o sigilo imposto e declarou que a criação da CPI para apurar irregularidades no Banco Master é inadiável. “Por tudo isso, é inadiável a instalação da CPI do Banco Master. Ela está aí, na Presidência do Senado, com o presidente Davi Alcolumbre, há mais de dez dias, assinado por 34 senadores da República. Foram 34, e só bastava ter 27, e está parada. Isso é um escândalo internacional. Até entrevista para o Financial Times eu dei esta semana sobre esse caso”, declarou. Flávio “paz e amor” assusta a esquerda e revela algo outrora inimaginável Um Senado sem poder novamente humilhado por Gilmar Surge informação que pode complicar a vida da esposa de desembargador preso Fonte: Agência Senado
Flávio tenta conciliar Faria Lima, Centrão e lideranças da direita
Flávio decidiu não se deixar levar pela onda de cancelamentos que tem marcado o discurso político recente. Em gesto de reparação, pediu desculpas publicamente a Michelle, recebendo sua aprovação. Em seguida, anunciou a nomeação de Nikolas para assumir um ministério, afirmando que não pretende transformar Nikolas e Tarcísio em adversários. Todos esses posicionamentos são apresentados como decisões de bom senso e vitória política. Paralelamente, o presidente tem trabalhado na construção de pontes com a chamada Faria Lima e tem se aproximado de figuras estratégicas para reaproximar o Centrão. Essa postura demonstra maturidade e a capacidade de enxergar além das linhas de militância, tentando convencer eleitores que não se reconhecem na bolha bolsonarista de que é possível ser anti‑sistema e, ao mesmo tempo, manter uma linha moderada.
Gilmar Mendes e a nova reviravolta no Impeachment do STF
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido do Senado e decidiu suspender parcialmente a liminar que havia proferido sobre a aplicação da Lei do Impeachment aos ministros da Corte. Além de retirar o processo da pauta de julgamento, incluiu‑o em sessão presencial. Mantiveram‑se, porém, as demais regras da decisão original: a exigência de apoio de dois terços dos senadores (54 dos 81) para iniciar o procedimento de impeachment, em vez da maioria simples (41), e a proibição de afastamento de um ministro na fase intermediária, quando o plenário do Senado avalia a admissibilidade da denúncia. Em essência, tudo permaneceu como antes. Em sua análise, Gilmar destacou o avanço das discussões no Senado sobre a aprovação de uma legislação que atualize o processo de impeachment de autoridades. Só alterou sua posição após o Senado lhe apresentar o projeto de lei que trata das novas regras. Segundo o ministro, o texto apresentado incorpora elementos da liminar e demonstra um esforço de cooperação entre as instituições, guiado pela prudência, pelo diálogo e pelo respeito às normas constitucionais. “Tal aprimoramento legislativo não se limita a atender formalmente às determinações do Supremo Tribunal Federal, mas configura ato de elevado espírito público, voltado à preservação da integridade do Poder Judiciário e à proteção da harmonia entre os Poderes.” Na nova decisão, Gilmar afirmou: “Nesse contexto, entendo que o profícuo debate legislativo em curso evidencia a possibilidade de acolhimento parcial das demandas formuladas pelo Senado Federal. No âmbito do Parlamento, a questão relativa à legitimidade para a apresentação de denúncia por prática de crime de responsabilidade por membros do Poder Judiciário ganhou, após a decisão que proferi, contornos próprios, merecendo exame cuidadoso e aprofundado pelos membros do Congresso Nacional.” Na decisão anterior, o ministro havia anulado, em grande parte, a Lei nº 1.079/50, que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento. O texto apresentado pelo Senado altera apenas uma parte da liminar inicial, preservando o restante para que o projeto que atualiza as normas de responsabilização de autoridades possa ser analisado. O Senado só pode prosseguir com a análise porque Mendes assim determinou; caso contrário, estaria impedido de fazê‑lo. Mesmo assim, a suspensão parcial foi motivada pelo fato de que o projeto de lei destinado a atualizar o processo de impeachment avançou na Comissão de Constituição e Justiça e incorporou a maior parte dos elementos da liminar. No restante, o texto original mantém as salvaguardas institucionais destinadas a preservar a independência do STF, os filtros que evitam processos de impeachment motivados por pressões políticas e os parâmetros constitucionais que protegem a separação dos Poderes. “Entendo ser imprescindível a sua manutenção… sobretudo como instrumento de proteção à independência do Poder Judiciário.” A Casa Legislativa comunicou que o avanço do PL 1.388/2023 representou “fato novo e relevante” após a liminar inicial, exigindo a suspensão do ponto referente à legitimidade para denúncia, a fim de concluir o debate legislativo sem conflito com as regras estabelecidas pelo STF. O episódio deixou o Senado em posição vulnerável. Quando um ministro, sozinho, decide legislar em benefício próprio e altera uma lei que vigorou por 75 anos sem contrariar a Constituição nem enfrentar resistência no Legislativo, evidencia-se que a Corte não está à altura de sua representação. Ao aceitar, sem contestação, a blindagem do Judiciário por receio de que a direita possa conquistar maioria significativa na Casa em 2026, o Senado confirma a observação de Orwell de que não é o poder que destrói princípios, mas a ausência de limites, de debates e de vigilância. Gilmar, ao reescrever a Lei 1.079/50, criou uma desigualdade marcante no tratamento do impeachment dos ministros, protegendo a si mesmo e a seus colegas de qualquer possibilidade de responsabilização, independentemente de eventuais excessos.
SBT sob pressão: Zezé Di Camargo exige alteração de especial natalino
O SBT anunciou que o especial de Natal, intitulado “Natal é Amor”, não será transmitido na quarta‑feira, dia 17. O pedido partiu do próprio cantor Zezé Di Camargo, que publicou um vídeo nas redes sociais solicitando a retirada do programa da grade. A solicitação surgiu depois que o artista criticou publicamente a participação do presidente Lula no lançamento do SBT News, realizado na última sexta‑feira (12) em São Paulo. O programa estava previsto para ir ao ar às 23h, imediatamente após o Programa do Ratinho. Em comunicado oficial, a assessoria do SBT confirmou o cancelamento e informou que outro conteúdo substituirá o horário, com nova programação a ser definida. Sem alternativa, a emissora ficou sem saída e aparentou desânimo. Flávio “janta cedo” e dá show em rede nacional (veja o vídeo) Deputado também é alvo de operação que prendeu desembargador por ordem de Moraes Revelado o motivo da prisão de desembargador por ordem de Moraes
Flávio Bolsonaro confronta o STF no programa de Ratinho
Na noite de segunda‑feira, 15, o senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ), pré‑candidato à Presidência, participou do Programa do Ratinho, transmitido pelo SBT. Durante a entrevista, ele voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal, acusando a Corte de praticar “perseguição política” e de ultrapassar os limites institucionais ao intervir diretamente na vida política do país. O parlamentar também reiterou a defesa de anistia para os manifestantes de 8 de janeiro de 2023 e criticou duramente a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo no que tange à suposta corrupção nas estatais. A entrevista ocorreu em meio a forte repercussão envolvendo a emissora. Nos dias anteriores, o SBT havia sido criticado por convidar o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes para o lançamento do canal SBT News, na sexta‑feira, 12. O convite gerou reação negativa e levou o cantor Zezé de Camargo a pedir publicamente o cancelamento de sua participação em um programa especial de Natal já gravado, pedido que a emissora acabou atendendo. Convite, rumores e esclarecimento do SBT Na tarde de segunda‑feira, Flávio Bolsonaro informou pelas redes sociais que recebeu um telefonema do apresentador Ratinho, convidando‑o para o programa. Pouco depois, surgiram notícias de que a direção do SBT teria vetado a presença do senador. A assessoria da emissora, entretanto, esclareceu que não houve veto e que a informação havia sido divulgada “por engano”. No estúdio, Ratinho recebeu Flávio Bolsonaro ao lado dos jurados que integram a bancada da atração. Ao longo da conversa, o apresentador reforçou, em mais de um momento, a posição institucional da emissora. “O SBT foi e sempre será uma emissora imparcial.” Críticas ao Judiciário e defesa de anistia Durante o programa, o senador abordou temas como o papel do STF, a situação jurídica de seu pai, o ex‑presidente Jair Bolsonaro, além de propostas nas áreas de saúde e segurança pública. Flávio defendeu, de forma enfática, a concessão de anistia aos envolvidos nos protestos de 8 de janeiro e afirmou que, caso seja eleito presidente, concederá perdão judicial ao pai e a todas as pessoas que considera “presas injustamente”. Ele alegou que o atual clima institucional tem prejudicado o trabalho no Congresso Nacional, estimando que cerca de 70 % dos parlamentares enfrentariam dificuldades para exercer seus mandatos devido a restrições à liberdade de expressão, o que, segundo ele, compromete a democracia representativa. Estatais, Correios e denúncias de influência política Ao analisar a gestão federal, Flávio Bolsonaro voltou suas críticas às estatais, apontando o que chama de má administração e uso político dessas empresas. Como exemplo, citou os Correios, que, segundo ele, acumulam prejuízos bilionários e seriam conduzidos por interesses partidários, não técnicos. O senador afirmou que a estatal está sob a influência do grupo de advogados conhecido como Prerrogativas, que, em sua visão, exerce poder informal sobre decisões estratégicas do governo. Na parte final da entrevista, Flávio avaliou que decisões recentes do Supremo contribuíram para um ambiente de insegurança jurídica e para o aumento da polarização institucional. Para ele, o Judiciário deixou de ser um poder moderador e passou a interferir diretamente na política. “Não só o discurso de ódio continua; mas as práticas de ódio continuam. A gente pode ter lado, a plateia pode ter lado. Quem não pode ter lado é o juiz.”