Mais um episódio da guerra política desembarca no Supremo Tribunal Federal (STF). O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu com ironia à notícia de que o deputado federal Lindbergh Farias (RJ) protocolou uma representação criminal contra ele na mais alta corte do país. Em postagem nas redes sociais, Flávio Bolsonaro não poupou provocações ao adversário político, afirmando: “isso não tá me ‘cheirando’ nada bem!”. A ação de Lindbergh Farias foi motivada por uma publicação de Flávio Bolsonaro que repercutiu um post de Pete Hegseth, secretário de Guerra dos Estados Unidos. No conteúdo original, Hegseth relatava uma ofensiva de militares americanos contra uma embarcação de uma organização terrorista no Pacífico Leste. Ao compartilhar a postagem, Flávio comentou de forma provocativa, o que foi interpretado por Lindbergh Farias como uma “afronta direta à soberania e à integridade territorial do Brasil”. Em ofício enviado ao STF, o deputado alegou que a fala de Flávio representaria uma sugestão de intervenção estrangeira em território nacional. A representação criminal acende o debate sobre a interpretação de conteúdos nas redes e as constantes tensões políticas que chegam ao judiciário. Qual sua opinião sobre mais esta investida?
Rio de Janeiro: Megaoperação Policial no Complexo do Alemão Deixa Mais de 60 Mortos
O Rio de Janeiro viveu, nesta terça-feira, um dos mais graves capítulos de sua história recente na segurança pública. Uma megaoperação das forças estaduais nos complexos do Alemão e da Penha, Zona Norte, confrontou a facção Comando Vermelho, resultando em mais de 60 criminosos mortos, cerca de 80 prisões e dezenas de armas de grosso calibre apreendidas. Cerca de 2.500 agentes das forças de segurança participaram da ação, a maior já registrada no estado. Os alvos eram as lideranças do Comando Vermelho, grupo que atua no tráfico de drogas, armas e aliciamento de menores em diversas comunidades cariocas. Durante a intervenção, blindados e helicópteros foram empregados. Há relatos de que até mesmo drones foram utilizados pelos criminosos para atacar os policiais. O confronto causou incêndios em barricadas, fechamento de escolas e interrupção de transporte público, gerando grande temor entre os moradores. Este episódio escancara, com clareza brutal, uma realidade inconveniente: a criminalidade organizada no Rio e no Brasil não é um mero subproduto de “exclusão social” ou “vitimização” circunstancial. Estamos diante de grupos que exercem poder paralelo, lucram com o tráfico em escala industrial, importam armamento pesado, recrutam jovens e desafiam abertamente o Estado. É imperativo reconhecer: centenas de milhares de moradores de favelas vivem sob o jugo do medo, do controle territorial e da extorsão impostos por esses grupos. A criminalidade transcende a “falta de oportunidade” — ela se organiza, prospera financeiramente, exporta o caos e estabelece suas próprias leis. A narrativa de que “o traficante é vítima da sociedade” desmorona frente a estes fatos. As corporações criminosas operam como verdadeiros “Estados dentro do Estado”, ditando regras e impondo o medo. O enfrentamento exige mais que retórica. São necessárias políticas públicas robustas de prevenção, repressão, inteligência, recuperação urbana e reinserção social. Mas, acima de tudo, exige firmeza para não romantizar ou humanizar aqueles que lucram diretamente com o caos e a violência. Restam agora desafios significativos. Como o Estado reagirá a possíveis retaliações? Haverá reforço permanente, apoio federal e uma estratégia de longo prazo? O governador chegou a declarar que “o Rio está sozinho nesta guerra”. Enquanto há quem critique a violência de operações como esta e a necessidade de rever a “guerra às drogas”, a verdade permanece: traficantes armados com drones e fuzis não são vítimas passivas. São os autores de uma violência sistemática que assola nossa sociedade.
Rio: Líder do Comando Vermelho, ‘Doca’, é preso em operação com 60 mortos
Um dos maiores golpes contra o crime organizado no Rio de Janeiro foi desferido nesta terça-feira (28), com a prisão de Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”. Apontado como um dos principais líderes do Comando Vermelho (CV), sua captura ocorreu em uma megaoperação que resultou em ao menos 60 mortos e mais de 80 presos na capital fluminense, segundo a Polícia Civil. Doca foi capturado ao lado de seu comparsa, Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão do Quintungo”, durante a ofensiva coordenada contra o grupo criminoso. Ambos são considerados peças-chave na hierarquia do CV, com influência direta sobre o tráfico em diversas comunidades da cidade. Conforme o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Edgar Alves de Andrade é o principal líder da facção no Complexo da Penha e exerce forte domínio também sobre áreas da zona oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) já havia denunciado Doca e outros 66 integrantes da organização por associação para o tráfico, com três deles respondendo também por tortura. O histórico criminal de Doca é extenso e brutal. Ele é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo casos de execuções de crianças e desaparecimento de moradores. O Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP) registrava 34 mandados de prisão em aberto contra ele. Entre os crimes atribuídos a Doca, está a ordem para a execução de três médicos assassinados na zona sudoeste do Rio, em outubro de 2023. As vítimas foram mortas por engano, confundidas com o verdadeiro alvo da quadrilha. Em outro ato de extrema audácia, o MPRJ denunciou Doca por ter ordenado um ataque a uma delegacia em Duque de Caxias, ocorrido em 15 de fevereiro de 2025. O objetivo era resgatar Rodolfo Manhães Viana, o “Rato”, preso horas antes por tráfico e associação criminosa. Durante a invasão, criminosos armados com fuzis e granadas feriram dois policiais e torturaram um deles em busca de informações sobre o paradeiro de “Rato”.
Kim Kataguiri Revela ‘Nova Face’, Ataca Bolsonaro e Anuncia Projeto Presidencial para 2026
Um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), o deputado federal Kim Kataguiri, mostra sua verdadeira face ao anunciar uma guinada ideológica dentro do grupo e direcionar fortes ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto planeja sua candidatura à presidência em 2026. Filiado ao União Brasil, Kataguiri não poupou críticas à família do ex-presidente, classificando-a como um “projeto hegemônico de poder” focado em interesses pessoais. O deputado acusou Bolsonaro de ter abandonado o discurso anticorrupção ao tentar proteger o próprio filho de investigações. Kataguiri ainda atribuiu ao ex-presidente falhas graves na gestão pública, em áreas como saúde, educação e no combate à corrupção. Em uma entrevista recente, ao ser questionado sobre a possibilidade de Bolsonaro cumprir pena na cadeia, Kim Kataguiri foi direto em sua resposta, afirmando a possibilidade.
Alexandre de Moraes, do STF, Exige Resposta Urgente da PGR em Caso de Operações no Rio
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu a condução temporária do processo que discute medidas para redução da letalidade em operações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro. Sua primeira decisão foi taxativa: impôs um prazo de 24 horas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicione sobre um pedido importante. O pedido em questão foi apresentado pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), uma entidade vinculada à presidência da República. O CNDH solicita que o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, forneça informações detalhadas sobre a polêmica Operação Contenção. A Operação Contenção é o foco da controvérsia por ter resultado na morte de pelo menos 64 pessoas. A movimentação de Moraes no STF acende um novo alerta sobre as ações das forças de segurança no estado e a necessidade de clareza nas investigações.
Rio de Janeiro: Cláudio Castro envia 10 líderes criminosos para presídios federais
O governador Cláudio Castro (PL) agiu com firmeza e solicitou a transferência de 10 criminosos detidos no sistema penitenciário do Rio de Janeiro para presídios federais. Segundo o governo, os indivíduos são apontados como os responsáveis por comandar, de dentro das cadeias, a retaliação de criminosos à megaoperação da polícia nos complexos do Alemão e da Penha.
Lula Trava Combate ao Crime no Rio: Defesa Nega Blindados da Marinha a Cláudio Castro
Uma decisão que levanta questionamentos: o governo federal, através do Ministro da Defesa José Mucio Monteiro, negou ao governador Cláudio Castro (PL) o uso de blindados da Marinha para enfrentar facções criminosas como o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. A medida frustra os esforços estaduais para combater a criminalidade. O pedido, documentado em um ofício de 28 de janeiro, solicitava a liberação de blindados do tipo Carro Lagarta Anfíbio (CLAnf), operados por militares, para reforçar as forças de segurança estaduais. Esses veículos são de uso tático da Marinha, conhecidos por sua alta proteção e poder de fogo, essenciais em confrontos com traficantes. Cláudio Castro revelou que não solicitou ajuda federal para operações recentes nos complexos da Penha e do Alemão porque “já tivemos pedidos negados três vezes”. Segundo ele, as negativas anteriores se deram pela exigência de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), medida à qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é abertamente contrário. Fontes próximas ao governador indicam que o ministro José Mucio orientou Castro a direcionar o pedido ao comandante da Marinha na região. Contudo, o oficial teria recusado, reiterando que o emprego de tropas e blindados só seria possível mediante um decreto presidencial autorizando a GLO. O Ministério da Defesa confirmou, em nota oficial, que o ofício do governo fluminense foi submetido à Advocacia-Geral da União (AGU). O parecer técnico da AGU apontou a necessidade de um decreto presidencial para atender à demanda, reforçando que o apoio dependeria de uma decisão formal do presidente da República.
Megaoperação no Rio: Lindbergh Farias ‘surta’ após 60 CPFs cancelados do Comando Vermelho
Estranhamente, o petista Lindbergh Farias ‘surtou’ ao saber da megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro. A ação terminou com mais de 60 ‘CPFs cancelados’ de traficantes do Comando Vermelho. A intensa operação contra o crime organizado na capital fluminense gerou uma reação forte e inesperada do político. Lindbergh Farias, utilizando sua conta na plataforma X, não poupou críticas e esbravejou publicamente contra os resultados da investida policial.
STF no Encalço: Moraes Cobra Explicações de Filipe Martins por Falha em Tornozeleira Eletrônica
A mira do STF mais uma vez sobre Filipe Martins: o ministro Alexandre de Moraes exigiu, nesta terça-feira (28), que o ex-assessor especial da Presidência apresente explicações em apenas cinco dias. O motivo é um suposto descumprimento das medidas cautelares impostas no processo conhecido como “ação do golpe”. Um relatório da Divisão de Monitoramento Eletrônico da Polícia Penal do Paraná, encaminhado ao STF, apontou um “movimento sem sinal de GPS” na tornozeleira eletrônica de Martins. O incidente teria ocorrido entre 17h50 e 18h53 do dia 23 de outubro, totalizando pouco mais de uma hora. A decisão de Moraes foi emitida logo após a apresentação das alegações finais pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos demais réus envolvidos na controversa ação.
Lewandowski Desmente Castro: Governo Lula Nega Pedido de Apoio em Operação Mais Letal do Rio
A polêmica sobre o apoio federal à segurança pública no Rio de Janeiro se aprofunda. O Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, declarou nesta terça-feira (28/10) que o governador Cláudio Castro (PL) não o procurou para solicitar ajuda na megaoperação policial contra o Comando Vermelho, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha. A fala do ministro contrapõe as graves acusações de Castro. O governador fluminense responsabilizou o governo Lula por negligência, alegando que pedidos de apoio logístico para a ação — especificamente o empréstimo de veículos blindados — foram recusados por três vezes, mesmo diante da urgência da situação. A megaoperação, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes, já contabiliza mais de 60 mortos, incluindo quatro policiais, e se tornou a mais letal da história do estado. Em entrevista coletiva, Castro havia detalhado a recusa federal, intensificando o debate sobre a colaboração entre União e estado. Em resposta, Lewandowski reforçou que o Ministério da Justiça mantém uma cooperação contínua com o governo fluminense desde 2023, por meio da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP). O ministro destacou que o apoio federal ao Rio de Janeiro segue vigente até 16 de dezembro de 2025, com possibilidade de renovação, em uma tentativa de descreditar as queixas de Castro. A ação visa desarticular lideranças do Comando Vermelho e retomar o controle de áreas dominadas pelo tráfico. Criminosos reagiram com barricadas, drones, explosivos e disparos de fuzil, gerando intensos confrontos e um saldo trágico. Já são mais de 60 mortos na operação.