Uma acusação gravíssima abala a política gaúcha: A ex-deputada estadual Juliana Brizola foi indiciada pela Polícia Civil por suposta apropriação de dinheiro de sua avó, Dóris Daudt, de 99 anos.
A investigação teve início quando Alfredo Daudt Júnior, tio da parlamentar, assumiu a responsabilidade legal pela mãe por cerca de um mês. Nesse breve período, entre o fim de janeiro e fevereiro, ele detectou que a conta bancária da idosa estava negativa em R$ 44 mil.
Isso chamou atenção, já que Dóris Daudt havia recebido uma indenização de R$ 1,8 milhão e conta com uma pensão mensal de R$ 25 mil.
Daudt Júnior apresentou extratos que comprovam empréstimos e transferências realizados em nome da avó, que possui sequelas de um AVC.
Em resposta, Juliana Brizola alega cuidar da avó há 20 anos e atribui a exposição a desavenças familiares. Ela afirma dividir rendimentos e despesas com a avó na mesma conta.
A defesa da ex-deputada discorda das conclusões da autoridade policial, classificando os fatos como distorcidos e fruto de divergências familiares. Os advogados garantem que tudo será esclarecido na esfera competente.
Juliana Brizola é atualmente candidata ao governo do estado do Rio Grande do Sul pelo PDT.
Diante de tal acusação, a questão que se impõe é clara: se há dúvidas sobre sua capacidade de gerir os recursos da própria família, como poderá ser capaz de administrar as finanças de um estado já tão castigado por gestões incompetentes?
