Por meio de sua defesa, a ex‑deputada federal Carla Zambelli (PL‑SP) declarou que a renúncia ao mandato não foi fruto de impulso emocional, mas resultou de criteriosa avaliação técnica e jurídica. Advogados afirmam que a medida busca aliviar a tensão institucional entre os Poderes da República.
Zambelli entregou a carta de renúncia à Câmara dos Deputados neste domingo (14), dois dias depois de o Supremo Tribunal Federal confirmar a perda de seu mandato. A decisão segue uma sequência de pronunciamentos judiciais e parlamentares no caso.

Segundo o advogado Fábio Pagnozzi, a escolha foi estratégica e considerada dentro do atual cenário jurídico.
“A renúncia da deputada Carla Zambelli foi uma decisão técnica e juridicamente orientada, não um ato emocional. O Plenário da Câmara dos Deputados optou por não cassar o mandato, o que caracteriza vitória institucional no âmbito do Poder Legislativo”, declarou.
Ele acrescentou que “a opção pela renúncia, adotada de boa‑fé, preserva direitos, fortalece sua posição no processo de extradição em curso no exterior e, ao mesmo tempo, contribui para reduzir a tensão institucional entre os Poderes, evitando o agravamento de um conflito de natureza constitucional.”
