O cenário político no Chile acaba de ganhar contornos mais nítidos com a divulgação da pesquisa do Centro de Estudos Públicos (CEP), o levantamento mais influente antes das eleições presidenciais de 16 de novembro. Os dados mostram um empate técnico entre o candidato conservador José Antonio Kast, do Partido Republicano, e Jeannette Jara, representante da esquerda, ambos com 23% das intenções de voto.
Mas a percepção popular aponta uma direção clara: 37% dos chilenos acreditam que Kast será o próximo presidente, contra 29% que apostam em Jara. Em simulações de segundo turno, o candidato republicano também mantém a dianteira, vencendo Jara por 41% a 33% e Evelyn Matthei, da direita moderada (que aparece com 13% no primeiro turno), por 33% a 29%.
O estudo, que ouviu 1.217 pessoas em 100 municípios chilenos entre 22 de setembro e 17 de outubro, revela os pontos fortes de cada candidato. Kast se destaca nos pilares fundamentais para a nação: liderança, segurança pública e economia. Já Jara é melhor avaliada em saúde, educação e empatia social.
Outro dado relevante é o alto interesse dos chilenos nas eleições, com 85% afirmando que irão votar, no primeiro pleito com voto obrigatório e registro automático. O governo do presidente Gabriel Boric, por sua vez, registrou uma leve melhora na aprovação, subindo de 23% para 28%, mas a desaprovação ainda é alta, em 62%.
Esses resultados, divulgados logo após o debate presidencial do Canal 13, solidificam a tendência de forte desempenho da direita e reforçam o claro favoritismo de José Antonio Kast, percebido pela população como o candidato com maior potencial de vitória.
