Na terça (2/12), os Correios pararam o processo de um empréstimo de R$ 20 bilhões que serviria para melhorar o caixa e permitir a reestruturação da empresa, porque o Tesouro Nacional não aceitou a garantia do governo, alegando que o custo era muito alto.
No fim de novembro, o conselho dos Correios aprovou o plano de crédito, que contava com um consórcio de bancos — Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra —, porém o acordo só poderia avançar se o Tesouro desse o aval.
O motivo da recusa foi a taxa de juros. A proposta pedia remuneração de cerca de 136 % do CDI, bem acima do limite tradicional de 120 % usado em operações garantidas pelo governo.
Segundo o Tesouro, não há razão para cobrar juros tão altos, já que a garantia do governo diminui muito o risco. Como fiador, o Tesouro cobre eventuais calotes, eliminando praticamente o risco para os bancos.
