Uma brutal execução chocou o sertão do Ceará. Antônia Ione Rodrigues da Silva, de 45 anos, cozinheira da Polícia Militar do Ceará, foi assassinada a tiros dentro de sua casa, em Saboeiro, no dia 2 de outubro. Ela se tornou alvo de integrantes do Comando Vermelho após recusar ordens criminosas.
Antônia, conhecida como “Bira”, foi ameaçada por terroristas que tentaram obrigá-la a envenenar policiais, usando sua posição. Mesmo após deixar o trabalho na PM em dezembro do ano passado, a intimidação continuava, e ela era acusada de ser “informante”.
O crime aconteceu no distrito de Flamengo. Antônia foi morta enquanto dormia e encontrada por um de seus filhos, que presenciou a brutalidade.
Em resposta ao assassinato, uma operação policial resultou na prisão de dois homens, de 20 e 21 anos, e na apreensão de um adolescente. As investigações apontam para a ligação de todos com o Comando Vermelho.
O filho da vítima revelou que o menor já havia feito ameaças de morte contra a mãe dias antes. Embora os três neguem envolvimento direto, o adolescente confessou à polícia ter sido convidado pelos outros dois para participar do crime.
Respeitada na comunidade por sua dedicação e por ajudar vizinhos, Antônia Ione deixa dois filhos e uma cidade abalada pela selvageria do ataque. Sua morte expõe a violência imposta por facções criminosas àqueles que apoiam as forças de segurança.
 
											




 
															

