Condenada pelos atos de 8 de janeiro, a cabeleireira Débora Rodrigues, mais conhecida como “Débora do Batom”, recorreu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pedindo autorização para ir a Brasília e comparecer a uma audiência na Câmara dos Deputados que analisará os desdobramentos daquele dia.
Na segunda‑feira, 8 de dezembro, os advogados da ré protocolaram o requerimento na Corte. Segundo a defesa, o deputado Coronel Meira (PL‑PE) convidou Débora para depor pessoalmente na capital.
A petição sustenta que a convocação tem fundamento legal e denuncia o tratamento degradante a que os réus têm sido submetidos desde o início dos processos. Os procuradores apontam ainda uma tensão política e ideológica que envolve tanto a população carcerária quanto os agentes penitenciários, reforçando a necessidade do depoimento.
Os advogados lembram que a jurisprudência já permitiu a presença de presos no Congresso, citando o exemplo de Fernandinho Beira‑Mar, que compareceu à Câmara em 2001.
A defesa enfatiza que “direitos humanos não são pauta política ou ideológica, mas um direito inerente a todo ser humano, independentemente de raça, cor, etnia, religião ou ideologia”.
Débora pretende integrar a comissão criada para ouvir presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro.
Atualmente sob monitoramento eletrônico, a ré foi obrigada a procurar atendimento hospitalar de urgência devido a uma infecção urinária.
