Uma grave denúncia sacode o cenário político latino-americano. Marshall Billingslea, ex-secretário assistente para o Financiamento do Terrorismo do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, afirmou que o regime venezuelano utilizou “dinheiro sujo” para financiar campanhas políticas de esquerda em diversos países da região, incluindo o Brasil. A declaração foi feita durante uma audiência no Comitê do Senado americano sobre Controle Internacional de Narcóticos, na última segunda-feira (21).
Billingslea, que atuou na administração Trump, apontou o governo de Nicolás Maduro como o centro de articulação política regional. Além disso, o ex-funcionário acusou o governo venezuelano de transformar o país em um “refúgio disposto” para o grupo terrorista Hezbollah, oferecendo documentos falsificados e facilitando rotas de tráfico de drogas para o Hemisfério Ocidental.
As acusações ganham força com novas informações sobre supostos repasses financeiros venezuelanos a líderes e partidos de esquerda no continente. O site UHN Plus publicou uma reportagem indicando que Hugo “El Pollo” Carvajal, ex-chefe da inteligência venezuelana (extraditado para os EUA em 2023), forneceu dados ao Departamento de Justiça dos EUA.
Segundo Carvajal, recursos da petroleira estatal PDVSA teriam sido destinados ao financiamento de campanhas políticas durante os governos de Hugo Chávez e Maduro. Ele teria detalhado os mecanismos ilegais de transferência, que empregavam intermediários e empresas estatais como canais para os recursos.
Entre os supostos beneficiários citados estariam Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Néstor Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), Ollanta Humala (Peru), Manuel Zelaya (Honduras) e Gustavo Petro (Colômbia).
