A fábrica de chinelos Havaianas, conhecida por seus produtos populares, decidiu apostar em Fernanda Torres, a ‘Fernandinha’, como sua mais nova garota-propaganda. A escolha, no entanto, veio acompanhada de uma dose de polêmica e ironia que poucos parecem ignorar.
Em uma declaração que gerou alvoroço, a atriz, supostamente, teria ‘pedido’ para que o ‘povaréu não comece o ano com o pé direito’ – uma clara alusão para que ‘comecem com Lula’. A frase, carregada de intenção política, rapidamente expôs a contradição entre a figura pública e a realidade do público que ela agora deveria representar.
Não é segredo para ninguém que a ‘Fernandinha’, apesar do discurso em defesa dos mais humildes, nutre uma aversão por ‘coisas de pobre’. É difícil imaginar a atriz realmente calçando os chinelos que agora anuncia, dada sua notória predileção por um estilo de vida bem distinto.
Afinal, como é comum entre certos entusiastas da ideologia ‘comunista’, o luxo parece ser um atrativo irresistível. Enquanto prega a simplicidade para os outros, seus ‘pezinhos socialistas’ certamente merecem o que há de melhor – e mais caro. Estamos falando de chinelos, sandálias ou qualquer outro item de grifes como Chypre, Miu Miu ou Prada, cujos valores beiram, ou superam, a ‘bagatela’ de sete mil reais.
A velha máxima se impõe: uma coisa é ‘defender’ os pobres e suas causas; outra, completamente diferente, é viver como eles. A campanha da Havaianas, ao que parece, apenas escancara essa hipocrisia.
