Depois que o Frigorífico Zimmer, em Parobé, mandou embora 96 trabalhadores em outubro e depois pediu recuperação judicial, alguns ex-funcionários foram até a porta da empresa para protestar.
No dia 21 de novembro, em frente à sede da RS-239, os ex-funcionários ficaram cerca de 40 minutos bloqueando a rua e mostrando cartazes pedindo o que lhes é devido.
A administração chamou a Brigada Militar, que ficou observando de longe, tentando intimidar os manifestantes.
Mais de 20 ex-funcionários exigem que a empresa pague tudo que deve – rescisões, férias, 13º – e que explique como está a situação financeira.
Antes de pedir a recuperação judicial, o frigorífico já tinha um acordo que previa pagar as rescisões em no mínimo 15 parcelas, junto com 13º salário e férias.
Quando entrou o pedido de recuperação, todas as verbas devidas até então foram congeladas, sem chance de pagamento imediato.
A expectativa é que nada seja liberado antes de 2026.
Assim, os ex-funcionários vão ter que esperar o fim da recuperação, que pode levar até dois anos, para receber o que têm direito.
Vários disseram que contavam com o pagamento da rescisão para sustentar suas famílias.
Um dos trabalhadores contou que está frustrado.
A empresa, em nota, disse que está se ajustando à ‘nova realidade nacional’, citando aumento de custos de matéria‑prima, queda da economia, juros altos e crédito apertado.
Mas o frigorífico não informou quando nem como vai pagar o que deve aos ex‑funcionários.
