A estabilidade funcional dos servidores do Banco Central voltou a ser foco de debate institucional depois de questionamentos sobre a atuação da cúpula da autoridade monetária e sobre contatos com integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, o Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central em São Paulo (Sinal‑SP) afirmou que as garantias da carreira são vitais para preservar decisões técnicas frente a possíveis pressões externas.
A manifestação do sindicato aconteceu em meio à controvérsia sobre a liquidação do Banco Master e às alegações de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, teria mantido contato com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar do caso da instituição controlada pelo empresário Daniel Vorcaro. O episódio aumentou a tensão entre órgãos de Estado e reacendeu debates sobre a autonomia do BC.
Divulgada na segunda‑feira (22), a nota do Sinal‑SP destaca que o Regime Jurídico Único e a estabilidade funcional não são privilégios corporativos, mas instrumentos de proteção institucional.
“Tais prerrogativas são a salvaguarda que permite ao corpo técnico resistir a ingerências e pressões externas, possibilitando que decisões sensíveis sejam tomadas com autonomia e fundamentação técnica”, afirma o comunicado.
Embora o Sinal‑SP não mencione diretamente uma interferência específica por parte de Alexandre de Moraes, a nota cita as “recentes manifestações do TCU e do STF relativas à liquidação do Banco Master”.
