O Ministro Luiz Fux jogou luz sobre uma grave inconsistência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o julgamento do “núcleo 4” da suposta trama golpista. Ele revelou a gritante diferença no tratamento de pedidos de auditoria das eleições, comparando o caso de 2014 com o de 2022.
Fux relembrou que, após a vitória de Dilma Rousseff em 2014, o PSDB solicitou auditoria do resultado das urnas. Naquela ocasião, o TSE não apenas autorizou o pedido, mas permitiu acesso do partido aos sistemas de votação e totalização, sem rejeitar, criminalizar ou impor multas.
A auditoria de 2014, conforme Fux, concluiu pela regularidade do sistema, sem fraudes. Curiosamente, Alexandre de Moraes fazia parte do governo paulista de Geraldo Alckmin naquele período.
O cenário mudou drasticamente em 2022. Um pedido similar do PL resultou em “punição severa” e uma acusação de “má-fé processual” por parte do tribunal. Uma disparidade que levanta sérias questões sobre a isonomia das decisões.
