A Cotribá, que está entre as cooperativas agropecuárias mais antigas do Rio Grande do Sul, foi ao Judiciário pedir uma medida de urgência para parar cobranças e evitar bloqueios que ameaçam seu funcionamento.
A decisão veio depois que a situação financeira piorou, com cerca de R$ 1 bilhão em dívidas, dos quais R$ 400 milhões vencem até o fim de novembro.
Nos papéis que enviou ao juiz, a cooperativa conta que está sob pressão de credores, que pode ter contas bloqueadas e que tem dificuldade de manter atividades essenciais para os produtores associados.
A Cotribá avisa que, juntos, esses problemas podem causar um efeito dominó, atrapalhando contratos, a logística e a continuidade dos serviços.
A proteção judicial pedida serve para dar à cooperativa um mínimo de estabilidade, permitindo reorganizar as finanças e impedir danos maiores ao setor produtivo da região. A diretoria diz que a medida não pretende cancelar dívidas, mas evitar execuções rápidas que poderiam fechar a operação enquanto negociam ajustes.
Agora o Judiciário vai analisar o caso, pesando o impacto econômico da cooperativa no estado e os riscos de execuções simultâneas das dívidas. A decisão vai definir o caminho que a Cotribá seguirá para tentar equilibrar suas contas.
