Kamla Persad‑Bissessar, primeira‑ministra de Trinidad e Tobago, disse que os EUA colocaram um radar militar em Tobago, a poucos quilômetros da Venezuela. Ela avisou que a medida chega quando as relações entre Washington e o governo de Nicolás Maduro estão cada vez mais tensas. O radar, segundo ela, vai melhorar a vigilância dentro do país e também no mar.
Persad‑Bissessar ainda explicou que os soldados americanos ainda estão em Trinidad, embora na quarta‑feira (26) tenha dito que os fuzileiros navais já tinham saído do arquipélago. Ela disse que eles continuam ajudando a modernizar o aeroporto da ilha e a fazer monitoramento constante. O objetivo, segundo a primeira‑ministra, é combater o tráfico de drogas.
Pessoas que moram perto disseram que viram soldados dos EUA ocupando um hotel em Tobago. Os sistemas de rastreamento mostraram aviões militares pousando no Aeroporto Internacional ANR Robinson. De 16 a 21 de novembro, cerca de 350 fuzileiros da 22ª Unidade Expedicionária dos EUA fizeram missões junto à Força de Defesa de Trinidad e Tobago.
Na terça‑feira (25), a primeira‑ministra encontrou Dan Caine, chefe do Estado‑Maior dos EUA, para falar sobre segurança no Caribe e o crescimento de grupos criminosos. Ela reforçou que Washington não pediu permissão para usar o solo de Trinidad como base em uma guerra contra a Venezuela.
Ela falou isso um dia depois de Donald Trump dizer que o exército dos EUA vai começar, “muito em breve”, operações terrestres contra traficantes da Venezuela.
