Juiz federal petista acusado de furto em supermercado tem processo aberto e pedido rejeitado no TRF-4

Na sexta‑feira (5), a Corte Especial Administrativa do TRF‑4 decidiu abrir um processo disciplinar contra o juiz federal Eduardo Appio, da 18ª Vara de Curitiba, depois que ele foi acusado de levar três garrafas de champanhe Moët & Chandon, cada uma custando R$ 399,00, de um supermercado em Santa Catarina.

Os furtos teriam acontecido no Gianni Supermercados, em Blumenau, nas datas de 20 de setembro, 4 e 18 de outubro de 2025.

A Polícia Civil de Santa Catarina enviou a notificação ao TRF‑4 em 23 de outubro. Em resposta, o tribunal afastou o magistrado de forma provisória e decretou sigilo sobre a investigação inicial.

No dia 27 de novembro, a Corte Administrativa oficializou o processo disciplinar, manteve o afastamento de Appio até o fim das investigações e acabou retirando o sigilo. O pedido de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) feito pela defesa foi rejeitado pelos magistrados.

Entre fevereiro e maio de 2023, Appio trabalhou na 13ª Vara Federal de Curitiba, que cuida dos casos da Operação Lava Jato. Nessa época, ele criticou abertamente a forma como a operação foi conduzida.

Ele foi afastado da Lava Jato depois de fazer um telefonema para João Eduardo Barreto Malucelli, advogado parceiro do ex‑juiz e senador Sergio Moro, e filho do então relator da Lava Jato, desembargador Marcelo Malucelli.

Primeiro, Appio negou a ligação, mas em setembro de 2024, numa entrevista à TV Brasil, admitiu o contato. Ele explicou que ligou para descobrir se João Eduardo era filho ou sobrinho de Marcelo Malucelli. Se fosse sobrinho, não teria problema; se fosse filho, haveria suspeita de corrupção, já que Malucelli julgava processos que beneficiavam diretamente Sergio Moro, que ele considera seu arqui‑inimigo.

O caso acabou gerando outro processo disciplinar no TRF‑4, mas Appio pediu que a análise fosse transferida para a Corregedoria do CNJ, em Brasília, onde acabou chegando a um acordo.

Como parte do acordo, ele saiu da Vara da Lava Jato e solicitou transferência para a 18ª Vara Federal de Curitiba, que cuida de questões previdenciárias, permanecendo lá até ser acusado pelo furto das garrafas de champanhe.

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