SANTIAGO / BRASÍLIA – Em uma das reviravoltas políticas mais marcantes da América do Sul, José Antonio Kast, candidato de direita e presidente do Partido Republicano do Chile, foi eleito presidente do país no dia 14 de dezembro de 2025.
O resultado representa um avanço significativo da direita no continente, ampliando o espaço conservador após anos dominados por governos de esquerda ou centro‑esquerda.
Kast conquistou cerca de 59 % dos votos no segundo turno, derrotando a candidata de esquerda Jeannette Jara, do Partido Comunista, que obteve pouco mais de 40 % e reconheceu a vitória do rival.
Um giro à direita no continente
Especialistas interpretam a eleição de Kast como parte de um movimento mais amplo de reconfiguração política na América do Sul, onde forças conservadoras têm ganhado terreno em países como Argentina e Bolívia. A vitória chilena equilibra o número de governos de esquerda e de direita na região, mostrando que a disputa ideológica permanece intensamente acirrada.
No Chile, o eleito recebeu o apelido de “Bolsonaro chileno” devido às suas posições rígidas sobre segurança pública, imigração e valores tradicionais. Esse rótulo reflete a crescente preocupação dos eleitores com a ordem e a criminalidade, além do descontentamento com políticas progressistas que marcaram a última década.
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