Com a revogação da sanção imposta com base na Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula volta seu olhar diplomático para os Estados Unidos, buscando a redução das tarifas que incidem sobre produtos estratégicos para a indústria brasileira.
Fontes do Itamaraty indicam que a prioridade da negociação é retirar as taxas que afetam diretamente setores considerados essenciais à competitividade nacional, como a metalurgia, o aço e a madeira.
A avaliação interna do Ministério das Relações Exteriores é de que o assunto ainda está longe de ser concluído.
“Ainda não acabou [a tratativa com os EUA]. Vários setores afetados pelas tarifas ainda precisam ter seus interesses defendidos”, afirmou um diplomata do Ministério das Relações Exteriores.
Além da atuação do Itamaraty, o vice‑presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), tem participado ativamente das conversas, sendo apontado como uma das principais pontes entre o governo brasileiro e as autoridades comerciais norte‑americanas.
Alckmin manteve recentemente troca de e‑mails com o embaixador Jamieson Greer, representante da Representação Comercial dos Estados Unidos (USTR). Apesar desse contato, as discussões continuam em andamento e ainda não resultaram em um acordo definitivo.
