Informações recentes indicam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nas próximas horas a nomeação de Guilherme Boulos (PSOL) para a Secretaria-Geral da Presidência da República. A chegada de Boulos ao primeiro escalão do governo é vista como um movimento de grande repercussão política e ideológica.
A decisão sobre a inclusão de Boulos no gabinete presidencial já estaria selada há algumas semanas. O anúncio, contudo, foi adiado enquanto o governo definia o futuro de Márcio Macêdo, atual ocupante da pasta.
Fontes próximas ao Palácio do Planalto sugerem que Macêdo será realocado para outra função dentro da estrutura federal ou retornará a alguma posição de destaque no Partido dos Trabalhadores (PT), legenda onde já atuou como tesoureiro.
A Secretaria-Geral da Presidência é uma das posições mais estratégicas do Poder Executivo, desempenhando um papel crucial na articulação com movimentos sociais e na gestão de temas administrativos diretamente ligados ao Planalto. A nomeação de Boulos, figura conhecida por sua liderança em movimentos de moradia e sua postura ideológica alinhada à esquerda radical, levanta questionamentos sobre os rumos da articulação política do governo e a crescente influência de setores mais extremistas no centro do poder.
