Segundo as investigações, um esquema de sonegação tirou cerca de R$ 215 milhões de ICMS, e o publicitário Marcos Valério, conhecido por seu papel no mensalão do PT, está sendo apontado como líder dessa trama.
A Operação Ambiente 186, comandada pelo Cira-MG, tem como objetivo desmantelar um esquema de fraudes tributárias que envolve atacadistas, redes de supermercados e outras empresas do varejo em Minas Gerais.
A investigação não se limita à sonegação; ela também investiga organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Nas buscas, a polícia confiscou celulares, outros eletrônicos, documentos e ainda veículos de luxo que a quadrilha usava para lavar dinheiro.
Em decisão sigilosa, o juiz Rodrigo Heleno Chaves, da 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens, revelou a fraude conhecida como “barriga de aluguel”. Ela fingia operações entre estados usando empresas de fachada, principalmente em Goiás e Espírito Santo, e aplicava alíquota de 7% para fugir do ICMS.
O juiz Chaves determinou o bloqueio de bens dos suspeitos, totalizando R$ 476 milhões, e autorizou mandados de busca contra eles.
Marcos Valério aparece como membro do “núcleo executivo” da quadrilha, com posição hierárquica superior aos demais investigados.
