O ministro Francisco Joseli Parente Camelo, que é vice‑presidente do STM, mandou uma petição ao senador Carlos Viana, presidente da CPMI do INSS, pedindo que seu irmão, Francisco Joseni, não seja chamado. Ele fez isso depois que a imprensa mostrou que o irmão recebeu dinheiro.
Tudo saiu à luz quando Andreza Matais e André Shalders, do Metrópoles, publicaram que Francisco Joseni recebeu cerca de R$ 731 mil de José Lins de Alencar Neto e da AAPEN Processamento de Dados Cadastrais. Os dois já estão no encalço da investigação da “Farra do INSS”.
Na sua petição, o ministro afirma que o dinheiro vem de forma legal: da venda de um apartamento em Fortaleza, na Rua Padre Frota, 253, bairro Monte Castelo.
O papel mostra que a venda foi fechada em 19 de novembro de 2024, com Francisco Joseni vendendo e José Lins de Alencar Neto comprando, por R$ 770 mil.
O dinheiro chegou em três vezes. A primeira, R$ 346.500, foi enviada em 8 de outubro de 2024 pela AAPEN. A segunda, R$ 385.000, veio em 5 de novembro, direto do José Lins de Alencar Neto.
A terceira parcela, R$ 38.500, foi paga à MGSN NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS em 8 de outubro, como taxa de corretagem. No total, as contas de Francisco Joseni receberam R$ 731.500.
Ele diz que a venda foi feita como qualquer outra: contrato de corretagem, anúncio público. Também garante que seu irmão e o comprador nunca se conheceram antes e não criaram amizade depois da compra.
Francisco Joseli acredita que, com a petição e a escritura do imóvel, não há razão para chamar seu irmão a depor na CPMI.
