Na sexta‑feira (5), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, recusou os slides que a defesa de Filipe Martins, antigo assessor internacional de Jair Bolsonaro (PL), havia preparado.
Esses slides deveriam ser mostrados no julgamento do núcleo 2 da investigação da tentativa de golpe, marcado para terça‑feira (9).
No sábado (6), os advogados de Martins receberam a notificação. Moraes julgou o material “parcialmente impertinente” e deu até as 15h de segunda‑feira (8) para que a defesa entregue uma versão que esteja dentro da lei.
Moraes explicou que a apresentação trazia “documentos e imagens que não constam dos autos e não têm relação com o objeto” do caso.
Os advogados de Filipe Martins reagiram em nota à imprensa, chamando a medida de “tutela indevida da advocacia”. Eles disseram que vão recorrer à OAB e vão reenviar o material original.
A ordem não proíbe o uso de recursos visuais no julgamento; ela só exige que a defesa apresente um novo material que cumpra as regras.
Ao contrário do que fez com Martins, Moraes liberou os materiais audiovisuais das defesas de outros acusados. Os slides de Mário Fernandes e de Marília Ferreira de Alencar foram aceitos para as falas finais.
A decisão saiu a apenas quatro dias do início do julgamento do grupo que a acusação diz ter planejado o golpe.
