No sábado, 13 de dezembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu autorização para que seja realizado um exame de ultrassom ao ex‑presidente Jair Bolsonaro (PL) nas dependências da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
A medida responde a um pedido da defesa, que requereu a entrada de um médico portando equipamento portátil para avaliar suspeita de hérnia inguinal bilateral.
Na quinta‑feira, 11 de dezembro, os advogados solicitaram que o médico Bruno Luís Barbosa Cherulli fosse autorizado a entrar na sede da PF, onde Bolsonaro está detido desde 22 de novembro, trazendo um aparelho de ultrassom portátil para a realização do exame no local.

Em sua decisão, Moraes recordou que as visitas de médicos já cadastrados “não necessitam de prévia comunicação, observando‑se as determinações legais e judiciais anteriormente fixadas”, desde que sejam respeitadas as regras já estabelecidas no processo.
O pedido de ultrassom surgiu depois que o próprio ministro havia negado, em decisão anterior, a solicitação da defesa para uma cirurgia urgente. Na ocasião, Moraes considerou os documentos médicos apresentados como antigos e determinou que a Polícia Federal realizasse uma perícia médica oficial em até quinze dias, a fim de avaliar a real necessidade de intervenção cirúrgica.
Esse prazo ainda está em curso.
Em 9 de dezembro, a defesa protocolou nova petição pedindo que Bolsonaro fosse submetido a procedimentos cirúrgicos no Hospital DF Star, em Brasília, e solicitou que ele permanecesse internado pelo tempo que os médicos considerassem necessário para uma recuperação adequada.
Ao analisar o pedido, Moraes destacou que os exames apresentados “não são atuais, sendo que o mais recente foi realizado há três meses, sem que à época os médicos tivessem indicado necessidade de intervenção cirúrgica imediata”.
Após essa decisão, os advogados informaram, na quinta‑feira, 11 de dezembro, que receberam um pedido médico atualizado, subscrito pelo Dr. Claudio Birolini, requerendo, em caráter de urgência, a realização de ultrassonografia das regiões inguinais direita e esquerda, para constatação de hérnia inguinal bilateral.
Segundo a defesa, o objetivo do novo pedido era acelerar e viabilizar a instrução pericial oficial, fornecendo elementos diagnósticos atuais sem a necessidade de deslocar o ex‑presidente para fora da unidade policial.
No documento encaminhado ao STF, os advogados solicitaram que o Dr. Bruno Luís Barbosa Cherulli “ingressasse nas dependências da Superintendência da Polícia Federal portando equipamento portátil de ultrassom, a fim de realizar os exames de ultrassonografia das regiões inguinais direita e esquerda”.
