Na segunda‑feira, 15 de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou que a defesa do ex‑presidente Jair Bolsonaro entregue cópias integrais de todos os exames e laudos médicos já anexados ao processo.
Esses documentos serão submetidos à análise de peritos oficiais e servirão de base para a perícia médica agendada para 17 de dezembro no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.
A medida tem como objetivo averiguar a real urgência das alegações de problemas de saúde apresentadas pelos advogados de Bolsonaro.
A defesa sustenta que há necessidade de cirurgia imediata e, por isso, pleiteia a concessão de prisão domiciliar em caráter humanitário.
Segundo informações enviadas ao STF, os advogados informaram ao tribunal a ocorrência de “novas intercorrências de saúde”, alegando piora no quadro clínico do ex‑presidente. Além do pedido de cirurgia, solicitaram ainda a realização de exames complementares, como ultrassonografia das regiões inguinais, reforçando o pedido de prisão domiciliar.
Em seu despacho, Moraes ressaltou que o exame médico realizado anteriormente, quando do cumprimento do mandado de prisão, não apontou necessidade de intervenção cirúrgica urgente. O ministro também observou que os documentos médicos apresentados não são recentes e, na época de sua emissão, não indicavam urgência clínica.
Diante disso, considerou indispensável que peritos oficiais façam nova avaliação para verificar se realmente existe indicação médica para uma cirurgia urgente neste momento. A iniciativa visa garantir maior segurança técnica na apreciação do pedido da defesa.
Concluída a perícia e juntado o laudo aos autos, o processo retornará imediatamente ao relator, o próprio ministro Alexandre de Moraes, que decidirá sobre os pedidos formulados pela defesa de Bolsonaro.
